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Marisa: “Defender Portugal é, também, defender Portugal no mundo”

“Hoje [quinta-feira] discutiu-se política em Portugal” começou Marisa Matias por dizer, lembrando o debate que aconteceu na Assembleia da República sobre as alterações à lei da IVG.
Marisa, que em 2007 foi mandatária nacional do “Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim”, disse ainda que “uma parta fundamental da Constituição tem a ver com os direitos sociais”, como a saúde, a educação, a habitação e os direitos dos trabalhadores, e que é com base nesses direitos que se faz a disputa política.
A candidata, que reúne o apoio do Bloco de Esquerda, afirmou, também, que um dos compromissos da sua candidatura é o de resgatar a nossa soberania, porque só com ela “podemos ser verdadeiramente democráticos e livres”. Disse, no entanto, que não faz disso uma bandeira para nos isolar do mundo, porque “sabemos bem que a capacidade que temos de decidir sobre as nossas vidas só faz sentido se estivermos interligados e inseridos num contexto mais vasto e global”.
“Defender Portugal é, também, defender Portugal no mundo”, rematou a candidata que disse conhecer bem Portugal a partir daqui e a partir de fora.
“A direita está aflita e já não sabe que mais pode inventar”
Marisa Matias reagiu, ainda, à demora de Cavaco Silva em tomar a “decisão mais importante do seu mandato”, e acusou o ainda PR de não estar “nada preocupado em falhar os compromissos [internacionais]” de que tanto falava para garantir a estabilidade do país, “seguramente porque os interesses estão do lado dessa decisão”, frisou.
A eurodeputada comentou, igualmente, as mais de 100 pessoas nomeadas para altos cargos da administração pública nos últimos dias, por parte do ainda Governo PSD/ CDS, que “teve uma moção de rejeição mas, no entanto, achou que tinha legitimidade” para as fazer. Este “não é um governo legítimo”, frisou Marisa.
A intervenção da candidata presidencial terminou com uma promessa. A de que se for eleita Presidente da República, será seguramente a Presidente mais constitucional que este país alguma vez teve.
A sessão, que decorreu no Club Farense, contou ainda com a presença do deputado João Vasconcelos, que sublinhou a importância de “agarrar a possibilidade de construir uma alternativa política à esquerda” e de apoiar uma candidata que é “uma voz de luta, uma voz de determinação e uma voz de esperança”, para que o candidato da direita não ganhe à primeira volta.
Esta sessão em Faro ocorreu no dia em que Cavaco Silva anunciou a data das eleições presidenciais para o dia 24 de Janeiro de 2016. Todas as candidaturas presidenciais terão agora de reunir um mínimo de 7500 assinaturas que terão de ser entregues ao Tribunal Constitucional no próximo mês.
Para ser propositor/a da candidatura de Marisa Matias, clique aqui.
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