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Marcha global da marijuana com centenas de pessoas em Lisboa, Porto e Braga

Moisés Ferreira participou na marcha porque considera que “esta é uma questão de saúde pública. Aquilo que é essencial para o Bloco e o motivo pelo qual participamos na manifestação é a legalização da canábis."
Marcha global da mariajuana 2017, em Lisboa, foto de Luís Branco
Marcha global da mariajuana 2017, em Lisboa, foto de Luís Branco

Decorreu hoje a Marcha Global de Marijuana com centenas de pessoas a participarem nas marchas de Lisboa, Porto e Braga. A iniciativa anual pretende afirmar a legalização do uso da canábis, contra a “política proibicionista e penalizadora” que “não protege os consumidores e prejudica os mais vulneráveis.” 

Segundo o Manifesto da Marcha, “a descriminalização não chega, pois mesmo podendo ter em sua posse uma quantidade prevista pela lei, o consumidor pode ser alvo de penalizações por parte das Comissões de Dissuasão da Toxicodependência.” 

Por isso, defendem uma políticas de drogas que “respeite a liberdade individual; legalizar os produtos derivados da canais; combata os mercados ilícitos e problemas associados; canalize recursos para serviços de saúde, apoios sociais e investigação, gerando poupanças no sistema de segurança e de justiça”. 

Em declarações ao Esquerda.net, o deputado Moisés Ferreira criticou a “profunda hipocrisia que subsiste na legislação portuguesa: ninguém e criminalizado por consumir mas também não consegue adquirir canais de forma legal, empurrado os consumidores de canábis para redes de produção e tráfego sem qualquer controlo ou garantia de segurança.” 

Por isso, diz, “esta é uma questão de saúde pública. Aquilo que é essencial para o Bloco e o motivo pelo qual participamos na manifestação é a legalização da canábis. Reconhecer que em Portugal existe consumo, que as pessoas têm direito a aceder a este produto em condições de segurança.” 

O Bloco vai por isso avançar com duas iniciativas legislativas. Em primeiro lugar, diz Moisés Ferreira,  “legalizar canábis para fins terapêuticos. É hoje incontornável a nível internacional e reconhecido a nível científico os ganhos terapêuticos que a prescrição de canábis tem para uma série de doenças. Por isso, permitir que os médicos possam prescrever, permitir a dispensa em farmácia e a própria comparticipação em doenças com comprovado ganho terapêutico, julgamos que é o caminho a seguir. Em segundo lugar, queremos legalizar a utilização para fins recreativos, garantindo a todas as pessoas que querem adquirir canábis o podem fazer em condições de segurança.” 

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