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Marcelo “foi pago” durante mais de dez anos para fazer campanha

Para Marisa Matias é compreensível que o orçamento da campanha presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa seja dos mais baixos, tendo em conta que durante mais de dez anos este foi pago “para promover a sua agenda ao lugar que queria concorrer”, o de Chefe de Estado.
Foto de Paulete Matos

À saída de um encontro com a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Marisa Matias defendeu que, em democracia, as campanhas são um investimento, “para que as pessoas possam conhecer as propostas todas, os perfis de todos os candidatos” e “fazer exercício do seu direito de voto nas melhores condições possíveis, essa é a questão essencial”. “Compreendo que quem foi pago durante dez anos se choque com quem nunca foi pago”, atirou.

Neste encontro com ASPP/PSP, Marisa Matias esteve acompanhada de Cecília Honório, ex-deputada à Assembleia da República, onde se mostrou preocupada com o facto de existir uma confusão sistemática “entre os papéis que são devidos às forças de segurança e entre o que deve ser a defesa nacional e a segurança pública”, tendo dado como exemplo o combate ao terrorismo “que se procura fazer acicatando, numa lógica de insegurança em vez de promover a segurança das populações”, contrária àquilo que deveria ser o seu papel.

A candidata a Presidente da República fez, no entanto, uma avaliação muito positiva da reunião, tendo destacado “o caminho extraordinário que tem sido feito pelas forças de segurança” no que diz respeito à violência doméstica, “quer em termos de formação, quer em termos de resposta”. Marisa Matias lembrou que, desde 2004, “já assistimos a mais de 400 mulheres vítimas mortais de violência em Portugal”, mas esclareceu que a realidade não está apenas aí, mas também se esconde na violência contra idosos e pessoas portadores de deficiência.

Já Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, afirmou que "é muito importante quando um candidato a Presidente da República tem o interesse e a preocupação de ouvir também os profissionais das forças de segurança. Dar-nos também a possibilidade de transmitirmos aquilo que é a realidade policial, aquilo que sãos as dificuldades da nossa missão”.

Termos relacionados Marisa 2016, Política
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