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Manuela de Azevedo (1911-2017)

Segundo o Museu da Imprensa, aos 105 anos Manuela de Azevedo era a mais antiga jornalista no mundo e foi a primeira mulher com carteira profissional de jornalista em Portugal. Morreu em Lisboa esta sexta feira, no Hospital de São José, onde estava internada desde terça-feira.
A sua longa carreira iniciou-se com um artigo sobre eutanásia, intitulado “Matar por piedade”, que foi censurado e não chegou a ser publicado (será publicado pelo Museu da Imprensa em breve). Trabalhou no jornal o Século, no República, na Vida Mundial, no Diário de Lisboa e no Diário de Notícias, onde terminou a carreira aos 85 anos. Era a sócia mais antiga do Sindicato de Jornalistas, que manifesta o seu pesar pelo falecimento.
Manuela de Azevedo era, além de jornalista, crítica de teatro, mas também escritora, sendo autora de obras como "Filhos do Diabo" ou o livro de poemas "Claridade", cujo prefácio foi escrito por Aquilino Ribeiro. Citada pelo jornal Público, afirmou que “o jornalismo não é só aquele que diz que morreram tantas pessoas num desastre. O jornalismo é o defensor da objetividade, de focos, de problemas sociais", afirmou na altura de uma homenagem que lhe fizeram o Sindicato de Jornalistas e o Museu Nacional da Imprensa, aquando do seu 105º aniversário.
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