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Manifestantes pediram “Justiça por Danijoy Pontes”

Perto de mil manifestantes concentraram-se por Danijoy Pontes, falecido no dia 15 de setembro no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) sem que se tenham apurado ainda os motivos.
No final de setembro, a embaixada de São Tomé e Príncipe divulgou que tinha pedido esclarecimentos sobre a causa da morte, recebendo em troca a resposta que o caso se encontrava em segredo de justiça. Foto de Tiago Petinga, Lusa.
No final de setembro, a embaixada de São Tomé e Príncipe divulgou que tinha pedido esclarecimentos sobre a causa da morte, recebendo em troca a resposta que o caso se encontrava em segredo de justiça. Foto de Tiago Petinga, Lusa.

A iniciativa partiu de uma iniciativa do Movimento Negro Portugal (MNP), que une organizações do movimento negro, antirracista, de defesa dos direitos dos migrantes e da sociedade civil. Os protestos realizaram-se simultaneamente em Coimbra, Porto e Lisboa ese sábado.

Na manifestação de Lisboa ouviram-se palavras de ordem como "Abaixo os muros e as prisões!". 

Danijoy estava a cumprir uma pena de prisão preventiva de 11 meses e esta medida já tinha sido considerada pela família como desproporcional, longe dos 6 meses recomendados. O são-tomense não tinha nenhuma doença conhecida ou diagnosticada, no entanto “foi sistematicamente medicado sem que nada aparentemente o justificasse e sem que alguma vez tivéssemos sido informados sobre as razões”.

Formado em 2019 na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, Danijoy estava à espera de um emprego na Junta de Freguesia de Santa Iria depois de ter trabalhado na Cateringport e estagiado no Hotel Mundial.

No final de setembro, a embaixada de São Tomé e Príncipe divulgou que tinha pedido esclarecimentos sobre a causa da morte, recebendo em troca a resposta que o caso se encontrava em segredo de justiça. Também o Presidente da República contactou a família de Danijoy Pontes para transmitir condolências. Numa nota publicada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou estar em contacto com "as entidades governamentais competentes para se inteirar das circunstâncias do falecimento".

Numa pergunta enviada ao governo, a deputada Beatriz Gomes Dias e o deputado José Manuel Pureza questionam se “foi garantido a Danijoy Pontes o acesso a cuidados de saúde em condições de qualidade e continuidade idênticas às que são asseguradas a qualquer cidadã/o, como previsto na lei? Foi prestado pelo Estado algum apoio social e económico à família de Danijoy Pontes?”

 

"O meu filho não foi o primeiro a morrer" | Concentração por Danijoy Pontes | ESQUERDA.NET

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