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Maior banco privado dinamarquês permitiu lavagem de 200 mil milhões de euros

A investigação à agência do Danske Bank na Estónia revelou operações suspeitas de clientes oriundos da Rússia, Ucrânia e outras antigas repúblicas soviéticas entre 2007 e 2015.
Foto Gareth James/Flickr

O anúncio da demissão de Thomas Borgen, o líder da administração do Danske Bank, foi feito esta quarta-feira na sequência da investigação ao funcionamento da agência do banco dinamarquês na Estónia. Borgen fora o responsável pelas operações internacionais do banco entre 2009 e 2012, anos abrangidos pela investigação ao branqueamento de capitais pelo Danske Bank estónio.

Segundo a agência Reuters, os avisos do regulador da banca na Estónia datam de 2007, depois replicados pelo regulador dinamarquês. Eles falam de “pura atividade criminosa, incluindo branqueamento de capitais” em valores que ascendiam a “milhares de milhões de rublos todos os meses”. Sete anos depois, um denunciante anónimo expôs de novo o escândalo, mas a administração nada fez para o investigar.

O maior banco privado da Dinamarca alega que a razão para o ramo estónio não ter adotado os procedimentos anti-branqueamento de capitais em vigor no banco fora o custo elevado da transição para a plataforma tecnológica comum do Danske Bank. Quando rebentou a crise financeira, os contribuintes foram chamados a cobrir a dívida de curto prazo.

A investigação levada a cabo pelo próprio banco iliba Thomas Borgen e a restante administração da prática de crimes, mas confirma que boa parte dos 15 mil clientes na agência estónia — sobretudo provenientes da Rússia, Ucrânia, Azerbeijão e outras antigas repúblicas soviéticas — estão sob suspeita de usarem as contas para lavarem dinheiro, numa quantia que ascende aos 200 mil milhões de euros, ou seja, ligeiramente acima do PIB português em 2017.

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