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Madeira: Bloco critica crise humanitária severa e retrocesso social

Assembleia Legislativa da Madeira discute situação de pobreza no arquipélago, com presença da Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, num debate potestativo agendado pelo Bloco.
Foto de Paulete Matos

Esta semana a Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais (SRIAS) da Madeira, Rubina Leal, esteve presente na Assembleia Legislativa do arquipélago num debate potestativo agendado pelo Bloco sobre a situação de pobreza nas ilhas.

Na sua intervenção de encerramento, Roberto Almada, líder parlamentar do Bloco acusou a SRIAS de a situação ser de “crise humanitária severa e de retrocesso social em moldes que nos transportam à década de 30 do século passado”. Segundo o deputado “após estes anos de austeridade e sacrifícios a que os senhores e os vossos governos, por irresponsabilidade grosseira e criminosa, votaram milhares de famílias madeirenses, voltamos a ter crianças famintas, que vão para a escola sem comer e que, sobretudo nas férias escolares, em maior número, são atendidas nos estabelecimentos de saúde com sintomas de desnutrição”.

Roberto Almada denuncia que cerca de 25% da população recorre a ajuda alimentar e acrescenta que “o governo anuncia programas, comissões, grupos de trabalho e continua a garantir que existem ajudas financeiras na Segurança Social”, no entanto, não há qualquer apoio para famílias sobre-endividadas ou para “os cerca de 11 mil desempregados que não têm acesso a qualquer subsídio e a qualquer remuneração”.

Cerca de 25% da população recorre a ajuda alimentar, não há qualquer apoio para famílias sobre-endividadas ou para os cerca de 11 mil desempregados que não têm acesso a qualquer subsídio e a qualquer remuneração.

Para o deputado bloquista, não há qualquer dúvida de que o combate à pobreza tem que ser a “principal prioridade da governação”. Com o investimento público a ser canalizado para o reforço do serviço nacional de saúde da região, para “a valorização a Escola Pública e reforçar de serviços públicos essenciais e de qualidade”.

“Precisamos de uma política de habitação social diferente, que encare os novos problemas de habitação de frente, reforçando a angariação de imóveis no mercado privado para os arrendar, a preços decentes, a milhares de pessoas que passam fome para poderem ter um tecto”, acrescenta Roberto Almada.

“Precisamos de uma política de redução de impostos numa perspectiva de baixar o custo de bens de primeira necessidade. Precisamos de mais apoio às pessoas idosas, alargando a oferta em lares e centros de dia e reforçando, imediatamente, a ajuda domiciliária. Precisamos de devolver o subsídio de insularidade aos funcionários públicos da Ilha da Madeira e de ter um SMNR 5% acima do SM em vigor no continente. Precisamos de verdadeira Segurança Social, que acuda aos fenómenos de violência doméstica e proteja as vítimas dos agressores”, concluiu o líder parlamentar do Bloco.

A intervenção de Roberto Almada pode ser vista aqui, e a internvenção inicial, ao cargo de Rodrigo Trancoso, está aqui. Ambas as intervenções também podem ser vistas em baixo.

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