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“Lutamos por uma Autonomia sem amos nem senhores”

Por iniciativa do Bloco de Esquerda, a Assembleia Regional da Madeira discutiu os 40 anos da Autonomia da Região.
Roberto Almada. Foto Paulete Matos

Requerido pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, o debate sobre "o percurso da Autonomia Constitucional da Região Autónoma da Madeira durante os últimos 40 anos" teve a ausência notada do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

Neste debate, os deputados bloquistas passaram em revista as quatro décadas da Autonomia da Madeira e denunciaram graves abusos perpetrados pelos sucessivos governos regionais do PSD Madeira que descredibilizaram o regime autonómico.

Rodrigo Trancoso, na sua intervenção inicial, lembrou que "foi na Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976, que ficaram consagradas as autonomias regionais dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, e onde se estabelece que as mesmas se fundamentam nas históricas aspirações autonomistas das populações insulares, visando o desenvolvimento económico-social, bem como, o reforço da unidade nacional e dos laços de solidariedade entre todos os portugueses, sem que as mesmas afetem a integridade e soberania do Estado".

Num momento em que se discute o Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma da Madeira, o deputado bloquista defendeu que ele seja adequado ao novo quadro constitucional, visando “garantir o acesso dos madeirenses em igualdade de circunstâncias a serviços públicos fundamentais afim de menorizar os custos da insularidade e dupla insularidade”. Ficou o apelo, ainda, "de que esta revisão permita uma maior abertura do Estatuto à cidadania e aperfeiçoamento do relacionamento da Região com as autarquias locais".

"Quantas vezes é que a democracia foi espezinhada nesta terra?“

Na sua intervenção de encerramento, o Deputado Roberto Almada foi muito duro na análise aos atentados à Democracia perpetrados neste arquipélago ao longo dos últimos quarenta anos, como a impunidade dos atentados terroristas cometidos por separatistas com o apoio da extrema-direita, ou os abusos sistemáticos do regime jardinista.

“Quantas vezes foram perseguidas pessoas por terem opiniões diferentes? Quantas vezes é que a democracia foi espezinhada nesta terra?“, questionou, deixando o alerta que "que o futuro da Autonomia só poderá ser risonho se for promotor de justiça social, igualdade e solidariedade fundadas na Liberdade e Democracia. E não existirá Liberdade, Democracia e Autonomia, dignas desse nome, enquanto existir fome, miséria e exploração” na Madeira.

 

Roberto Almada: “O futuro da autonomia só será risonho se for promotora de justiça social”

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