You are here

Loulé recusa utilização do heliporto municipal para apoiar pesquisa petrolífera

Câmara de Loulé indeferiu o pedido do consórcio Repsol/Partex, salientando que “não quer ver-se associada a nenhuma forma de colaboração com aquela atividade”. A Portfuel, de Sousa Cintra, assinala que é a primeira vez que os protestos públicos contra a exploração de petróleo “assumem tamanha dimensão”.
Foto retirada do facebook do Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP).

O consórcio Repsol/Partex solicitou autorização para utilizar o Heliporto Municipal de Loulé, entre os próximos meses de setembro e outubro, para o estacionamento e operação de um helicóptero de evacuação médica e apoio a um navio da plataforma, estacionado ao largo da costa algarvia.

O presidente da autarquia, Vítor Aleixo, anúncio, contudo, que a Câmara recusa este pedido, reforçando que este tipo de indústria “é lesiva dos interesses da região e dos seus habitantes”.

“Loulé não quer ver-se associada a nenhuma forma de colaboração com aquela actividade [petrolífera]”, destacou, argumentando que o indeferimento vai ao encontro da decisão por unanimidade do Conselho Regional do Algarve, de 19 de maio, de “total oposição à prospeção e exploração de gás e petróleo no Algarve, em Terra ou no Mar”.

A Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal) aprovou, esta segunda-feira, um reforço orçamental de 8500 euros, na área jurídica, para fazer face aos custos das ações que pretende interpor para reverter os contratos.

Nunca os protestos assumiram “tamanha dimensão”

“Esta é, provavelmente, a primeira vez que, em 80 anos de história de prospeção destes recursos no nosso país, os protestos públicos assumem tamanha dimensão”, escreveu a Portfuel, do empresário Sousa Cintra, numa carta enviada à Amal.

No próximo sábado, terá lugar um “cordão humano” em frente à câmara de Aljezur, que visa denunciar a forma como as atividades da empresa de Sousa Cintra prosseguem “às escondidas” das populações, apesar de toda a contestação que enfrentam. A iniciativa, convocada pelo Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP), começa às 16h.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Petróleo em Portugal, Ambiente
(...)