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Lisboa: Programa Renda Acessível deve ser 100% público

Beatriz Gomes Dias considera que este programa “é a resposta que deve ser dada em Lisboa para poder trazer de volta pessoas à cidade e combater a grave crise de habitação”.
Foto de Andreia Quartau

Beatriz Gomes Dias, candidata do Bloco à Câmara Municipal de Lisboa, e Catarina Martins, coordenadora nacional do partido, visitaram esta terça-feira algumas casas já prontas para arrendar no âmbito do Programa Renda Acessível (PRA).

À margem da visita, a candidata bloquista referiu que “este prédio faz parte de um programa de habitação 100% público e está, neste momento, pronto para que as casas sejam entregues às famílias que concorreram a este programa”.

Beatriz Gomes Dias considera que este programa “é a resposta que deve ser dada na cidade de Lisboa para poder trazer de volta pessoas à cidade e combater a grave crise de habitação que existe”, acrescentando que “é importante que se desista das parcerias público-privadas que entregam casas à especulação imobiliária e não permitem este controlo do mercado de arrendamento que é tão fundamental na cidade para poder baixar os preços”.

A candidata bloquista lembrou que “este programa existe porque o Bloco de Esquerda o colocou no acordo que estabeleceu com o PS em 2017 e não existiria se o PS tivesse tido maioria absoluta”.

O acordo previa 6 mil habitações, mas neste momento só existem 1200 casas prontas para arrendar no âmbito do PRA. Beatriz Gomes Dias acredita que houve “uma confiança na participação dos privados, as primeiras casas, os primeiros programas a serem estabelecidos foram em parcerias público-privadas que não avançaram, depois foi preciso corrigir essa indecisão”.

Por sua vez, a coordenadora nacional do Bloco, Catarina Martins, disse que “na habitação falhou o PS, o acordo entre o Bloco e o PS impôs que além do programa com privados, também existisse um programa que fosse 100% público”.

“Na verdade, é este o único programa que garante efetivas casas em Lisboa, são 1200 casas do programa público”, frisou a coordenadora bloquista.

No entanto, Catarina Martins considera que “é muito pouco, já que a teimosia do PS foi desse ponto de vista terrível”. Por isso, “precisamos que no próximo mandato o PS não tenha maioria absoluta e que o Bloco de Esquerda tenha força para que este programa continue”, vincou.

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