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Lisboa disponibiliza espaço para alojar pessoas sem-abrigo com Covid-19
A partir do início desta semana, a cidade de Lisboa conta com um espaço para acolher as pessoas em situação de sem abrigo que sejam diagnosticadas com o novo coronavírus, e que estejam assintomáticas ou com sintomas ligeiros. O anúncio foi feito pelo vereador Manuel Grilo, vereador com o pelouro dos Direitos Sociais.
Este novo espaço, totalmente autónomo, é cedido pela Mesquita Central de Lisboa e tem, actualmente, oito camas, que podem vir a crescer para 16, disse o autarca à agência Lusa. O vereador acrescenta que os doentes terão apoio permanente, durante 24 horas, por técnicos de duas corporações de bombeiros voluntários da cidade, da Ajuda e Campo de Ourique.
Para o caso de haver um agravamento dos sintomas das pessoas presentes, estará sempre à porta deste espaço uma ambulância para assistir essa necessidade. Os bombeiros que farão a assistência aos doentes terão “todos os equipamentos de protecção integral” para poderem desempenhar as funções necessárias.
De acordo com o vereador bloquista, regista-se até ao momento apenas uma pessoa em situação de sem–abrigo com Covid-19. Este encontra-se internado num hospital e, quando tiver alta, poderá “ser o primeiro a inaugurar aquele espaço”, que já se encontra disponível para acolher qualquer pessoa nesta situação.
Este novo espaço vem acrescentar mais uma resposta para a população sem-abrigo, depois da abertura de quatro centros de acolhimento de emergência, no Pavilhão Municipal Casal Vistoso, no Pavilhão da Tapadinha, na Casa do Lago e no Clube Nacional de Natação, que acolhem mais de 200 pessoas por dia.
CML contrata 50 técnicos para centros de acolhimento para sem-abrigo
O vereador lisboeta dos Direitos Sociais anunciou também a contratação de 50 técnicos para estes centros de acolhimento para sem-abrigo. Em declarações à agência Lusa, Manuel Grilo diz que serão "contratados 50 técnicos da área social, entre assistentes técnicos, assistentes administrativos, técnicos superiores, portanto de vários graus da administração pública".
O autarca esclareceu que estas contratações serão feitas através de contratos interadministrativos com o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e com o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), num investimento da autarquia de cerca de 350 mil euros.
Além destes técnicos, a autarquia pretende ainda contratar mais 16 profissionais da área da saúde "através de várias associações que cooperam já com a câmara e que têm alguma disponibilidade". “Não temos a certeza de conseguirmos chegar aos 16, mas alguns conseguiremos e já estão acertados para serem contratados pela câmara municipal através de formas diversas para o espaço de tempo de três meses, possivelmente com a renovação de mais um a quatro meses, tanto quanto durar previsivelmente esta crise pandémica", disse o vereador.
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