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Lisboa: Bloco quer testes gratuitos à covid para professores, alunos e auxiliares

Vereador bloquista em Lisboa defende o teste gratuito à covid-19 num contexto em que uma parte significativa dos trabalhadores das escolas pertence a grupos de risco e uma grande parte dos jovens são assintomáticos.
Lisboa: Bloco quer testes gratuitos à covid para professores, alunos e auxiliares
Fotografia de Paulete Matos.

Manuel Grilo, o vereador da Educação na Câmara Municipal de Lisboa eleito pelo Bloco de Esquerda, propõe a testagem à covid-19 de professores, alunos e assistentes operacionais, com recurso a testes rápidos, defendendo a importância da identificação precoce de casos positivos pré-sintomáticos.

“A reabertura da escola faz aumentar os contactos sociais e consequentemente faz aumentar o risco de contágio. Garantindo a continuidade das aprendizagens, precisamos de encontrar uma forma de dar confiança à comunidade escolar. A identificação de eventuais casos positivos é uma medida de prevenção que deve ser aplicada de forma generalizada”, explicou Manuel Grilo em declarações à agência Lusa. 

A proposta será oficializada esta tarde, numa reunião do executivo da Câmara Municipal de Lisboa, onde o Bloco de Esquerda tem um acordo de governação com o PS. Esta medida, explica o vereador, terá de ser “um trabalho de equipa”, em articulação com Infarmed, que deve indicar o teste rápido mais apropriado a utilizar na comunidade escolar, e a Direção-Geral da Saúde, para garantir a correta aplicação do processo de testagem.

O Bloco de Esquerda de Lisboa já tinha apresentado uma moção semelhante a esta no início do mês - chumbada com os votos contra do PS -, mas imputava ao governo a responsabilidade de assegurar os rastreios. Esta coloca a responsabilidade na autarquia.

A proposta bloquista explica que “a identificação precoce de casos positivos pré-sintomáticos é uma medida de prevenção que permite agir sobre eventuais cadeias de transmissão antes que elas se transformem em surtos, dentro e fora das escolas”. Esta situação torna-se ainda mais urgente quando se sabe que uma significativa parte dos trabalhadores em funções nas escolas de Lisboa faz parte de grupos de risco para a pandemia de covid-19. Além disso, a ausência de sintomas em grande parte da população jovem faz com que as potenciais infeções por covid-19 passem despercebidas e se tornem potenciais fatores de contágio, visto que o critério de testagem definido está associado ao aparecimento de sintomas.

“A reabertura das escolas faz aumentar os contactos sociais e físicos devido à mobilidade subjacente ao retorno ao trabalho por parte de muitas famílias, ao transporte para a escola e o retomar de muitas relações sociais interrompidas, fator que potencia a disseminação do vírus na comunidade”, lê-se na proposta.

Por isso, acrescenta a proposta, é necessário encontrar “um equilíbrio entre a consciência deste risco real e a confiança da comunidade escolar no regresso às aulas presenciais, para que elas decorram na maior normalidade possível, durante o maior tempo que for possível”.

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