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Lesados do Banif manifestam-se no Funchal

Centenas de ex-clientes do Banif concentraram-se em frente à sede do banco que agora pertence ao Santander Totta. Os deputados bloquistas estiveram presentes no protesto.
Paulino Ascenção e Roberto Almada no protesto dos depositantes do Banif no Funchal.

A concentração juntou muitos antigos e atuais emigrantes que tentam agora recuperar as poupanças de uma vida de trabalho na Venezuela e África do Sul, aplicadas em obrigações do Banif antes da resolução do banco. Para Daniel Caires, porta-voz dos lesados do Banif, “estamos a falar de 256 milhões de euros das poupanças das pessoas”, referindo-se a cerca de cinco mil madeirenses e açorianos nas ilhas e na diáspora.

Daniel Caires afirma que o Santander fez um excelente negócio ao adquirir um banco com 30% de quota de mercado nos arquipélagos da Madeira e Açores, mas alerta que “vai haver uma fuga desses clientes quando virem que as suas poupanças não irão ser ressarcidas a 100%”. O protesto dos depositantes do Banif seguiu depois para a sede do Santander Totta no Funchal.

A Assembleia Regional da Madeira também vai organizar uma comissão de inquérito ao Banif, que tomará posse esta quinta-feira. Depois do chumbo da iniciativa por parte da maioria laranja, a comissão vai mesmo avançar por iniciativa potestativa subscrita por um quinto dos deputados, dos grupos parlamentares do PS, Bloco e PCP.

A concentração contou com a presença dos deputados do Bloco na Assembleia da República, Paulino Ascensão, e na Assembleia Legislativa Regional, Roberto Almada, que transmitiram a solidariedade do partido aos depositantes que foram levados a investir as suas poupanças em produtos financeiros do Banif. “O Bloco opôs-se a esta resolução do Banif por entender que essa medida não protegia os depositantes”, afirmou Roberto Almada ao esquerda.net.

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