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Jovens vão fazer vigílias pelo clima todas as sextas em frente à Assembleia

Após as enormes mobilizações por todo o mundo da greve climática estudantil em março, estudantes e ativistas do clima vão organizar vigílias em frente à Assembleia da República todas a sextas-feiras até à próxima greve, marcada para 24 de maio. A primeira vigília é amanhã, 10 de maio, às 20h. A ideia inspira-se no exemplo de Greta Thunberg, que começou por faltar às aulas todas as sextas-feiras para protestar em frente ao parlamento sueco, iniciando um movimento de protesto global que está a marcar o ano.
Alice Gato, organizadora da iniciativa e estudante na Escola Secundária Camões, afirmou ao Público que a ideia é ficar em frente ao Parlamento até à manhã do dia seguinte com "informações de ativismo climático, rodas de leitura e debate, reuniões abertas e música". O objetivo é "ter visibilidade para a próxima greve, é uma forma de nos mantermos ativos e permitir que pessoas que não podem participar na greve possam participar nesta ação".
Os estudantes, que contam com o apoio do grupo ambientalista Climáximo, exigem que o governo Português declare Emergência Climática, a proibição da exploração dos combustíveis fósseis em Portugal, a expansão significativa das energias renováveis, o encerramento das centrais de Sines e do Pego, a melhoria do sistema de transportes públicos, e a requalificação profissional de trabalhadores de sectores poluentes. Em texto no Facebook a anunciar a iniciativa, declaram: "Pretendemos mostrar mais uma vez a preocupação dos jovens e das populações. Não iremos deixar que continuem a negligenciar o nosso futuro e não iremos desistir até se tomarem as medidas que precisam de ser tomadas para preservar o nosso planeta para as gerações futuras.
Greta Thunberg vai ser convidada para o parlamento português. Por iniciativa do Bloco, a Assembleia vai enviar convite à jovem sueca para visitar e falar em São Bento. Thunberg tem estado num périplo por vários países a participar e discursar em manifestações, e também parlamentos. Pedro Soares, ao propor o convite, considerou que a presença da ativista sueca dará um importante sinal de mobilização e do envolvimento dos mais jovens no combate às alterações climáticas.
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