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Jornal de Angola: "Portugal serve de base para campanhas de mentira e desinformação"

Um editorial do Jornal de Angola, volta a criticar Portugal acusando o país de “servir de base para campanhas de mentira e desinformação contra Angola”. O jornal do regime escreve que o caso Luaty Beirão foi “arma de arremesso contra poderes públicos”.
As criticas à condenação dos ativistas angolanos serve de mote para mais uma critica a Portugal.

No texto intitulado “A imagem distorcida” e que é citado pelo Observador pode ler-se que a responsabilidade “deve ser atribuída aos meios de comunicação públicos de Portugal e à meia dúzia de dirigentes políticos interessados na relação de conflitualidade entre os dois países”.

Para o editorialista são“algumas capitais europeias” que se constituem “como verdadeiras centrais de intoxicação. Os seus órgãos de comunicação atuam com uma agenda anti-angolana, pretendendo que nada mudou e que a situação geral do país só conhece retrocessos”.

No texto pode ainda ler-se que “Angola fez progressos a nível económico e de democratização” lamentando, desta forma, a “distorção” feita além-fronteiras.

No entanto e apesar de falar de vários países no jornal é apenas referido o nome de Portugal acusado de servir “de base" para as campanhas de "mentira" e "desinformação" contra Angola.

“Apesar de partilharmos a mesma língua e muitos aspetos da cultura de cada um, sente-se que os portugueses de uma forma geral não tratam os angolanos com o respeito com que nós os recebemos”, escreve o jornal.

Atos de desestabilização

O editorial refere ainda que “o país não está inacessível, até a julgar pela vaga de imigrantes que continuam a encarar Angola como uma terra boa para viver”.

No texto pode ainda ler-se que “a comunicação social desses países tem optado pela desestabilização política e social no país”, referindo concretamente o caso dos 17 ativistas políticos angolanos condenados a penas efetivas de prisão.

“Foi o que se viu com o processo dos indivíduos implicados em atos preparatórios de rebelião, um caso judicial normal em qualquer sistema de justiça mas que serviu como arma de arremesso contra os poderes públicos”.

Refira-se que alguns dias após ter sido conhecida a condenação dos ativistas, a Assembleia da República apreciou dois votos do Bloco e do PS de condenação à prisão dos ativistas políticos, que foram chumbados pelo PSD, CDS e PCP. O voto dos bloquistas pedia a libertação dos ativistas e os socialistas optaram por se abster, apesar de vários deputados do PS o terem defendido.

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