You are here

Jorge Carvalho é o candidato do Bloco à Câmara de Alijó

Num comício em Alijó, no distrito de Vila Real, cerca de 300 pessoas ouviram as propostas da candidatura bloquista à Câmara Municipal, encabeçada por Jorge Carvalho. Na sessão de apresentação interveio ainda Luís Pereira, candidato à Assembleia Municipal.
Jorge Carvalho é o candidato do Bloco à Câmara de Alijó. Foto Esquerda.net.

O candidato bloquista à Câmara Municipal de Alijó, Jorge Carvalho, começou por agradecer a todos os independentes que fazem parte das listas do Bloco. “Sei bem as dificuldades que passaram, e que passam ainda, algumas delas, depois de assumirem publicamente apoiar o Bloco de Esquerda. Bem hajam. Sou eternamente grato a todos e todas”, referiu.

Para Jorge Carvalho “é preciso mudar a imagem que Portugal tem de nós e do interior”, garantindo que o Bloco tem uma candidatura comprometida “em contribuir para um concelho mais desenvolvido, mais criativo, mais empreendedor. Onde as pessoas possam escolher viver, com qualidade de vida”.

O candidato do Bloco à Câmara de Alijó referiu que os bloquistas sempre lutaram contra as assimetrias “regionais e locais” defendendo “o serviço público com determinação e o reconhecimento da sua importância na vida das pessoas e das localidades”.

Jorge Carvalho denunciou ainda, na sua intervenção que a governação do Partido Socialista no concelho contabilizam uns “desastrosos 20 anos” com “um município endividado, um dos mais endividados do país. Mas aí estão todos, outra vez perfilados, como se de um feudo se tratasse, alguns até em sucessão familiar”.

O candidato à câmara de Alijó não esqueceu a governação da autarquia dos últimos quatro anos liderada pelo PSD: “sem estratégia, sem politicas sociais, sem politicas culturais, sem políticas económicas, sem políticas de desenvolvimento. Enfim, sem políticas”.

Jorge Carvalho falou de uma alternância política passada que promoveu “o clientelismo instalado, e o caciquismo” promovendo “a falência dos valores e dos princípios éticos e morais do Município de Alijó”.

“Quando os outros falam exclusivamente de números, de contas ou de reajustamentos financeiros, nós falamos de medidas para as pessoas viverem melhor e de investimentos para as terras. Nós preocupamo-nos com medidas que valorizem as pessoas, que as capacitem, que promovam um futuro mais justo, mas com trabalho, transparência e respeito pelos princípios da democracia”, disse ainda o candidato.

Sobre a constituição das listas, Jorge Carvalho realçou que foram feitas com pessoas da terra com vontade de dar o seu melhor em prol do concelho. “Apresentamos nas nossas listas pessoas sem vícios partidários, com coragem e competência, com coragem e capacidade de trabalho para mudar a nossa terra, com vontade de servir as pessoas”, frisou.

A candidatura do Bloco a Alijó vai ainda combater a desertificação em terras onde há muitos recursos sobretudo vinícolas, pois ali estão a maioria das quintas do Douro vinhateiro. “Temos terras de excelência. Temos produtos de qualidade invejável. A par de tudo isto, temos gente muito capaz. Temos jovens e profissionais de várias áreas, todos com muita vontade de trabalhar. Com estes recursos, só temos de os aproveitar e potenciar ao máximo”, destacou o candidato.

Jorge Carvalho elencou que é urgente: “a criação de uma rede de equipamentos para apoio ao turismo e à dinamização do território; abrir Alijó ao Douro, promover e partilhar novas experiências nas aldeias e vilas vinhateiras e ribeirinhas: Pinhão, Castedo, Favaios, Vale de Mendiz, entre outras; agarrar a oportunidade que desponta no Vale do Tua. Devido à incapacidade que reinou durante o anterior mandato, as aldeias do Tua foram penalizadas; repensar o ordenamento e a economia local; reabilitar as nossas terras e o nosso património, material e imaterial; criar oportunidades, com as pessoas, com as associações e demais agentes e lutar pelo fim do trabalho precário.”

O candidato bloquista referiu, no final, que é essencial um orçamento anual participativo promovendo a discussão coletiva e transparente para o concelho de Alijó.


 

Luís Pereira é o primeiro candidato do Bloco à Assembleia Muncipal de Alijó, distrito de Vila Real.

“Enquanto não houver coesão territorial, não haverá uma verdadeira cidadania”

Luís Pereira, primeiro candidato do Bloco à Assembleia Municipal de Alijó, denunciou na sua intervenção que o interior está numa fase de “pré-rutura”. “A questão do interior é já uma profunda causa democrática, é uma profunda causa de justiça social, é uma profunda causa de equidade económica e cultural. Enquanto não houver coesão territorial, não haverá uma verdadeira cidadania, nunca existirá um país verdadeiramente unido, nunca teremos um país verdadeiramente democrático, justo e igualitário”.

Para Luís Pereira, o Programa Nacional para a Coesão Territorial apresentado pelo Governo vem tarde, depois de anos de “uma visão e uma ação política que assentaram e assentam nos interesses das clientelas políticas, numa visão determinada a montante pelos interesses partidários, mesmo que esses interesses não sejam, e demasiadas vezes não são, os interesses das populações que esses políticos locais diretamente representam”.

O candidato bloquista à Assembleia Municipal referiu ainda que o património cultural na cidade está ao abandono como o Teatro auditório Municipal encerrado há três anos. “O importante é apresentar os números respeitantes à redução da dívida, assente em cortes e mais cortes, numa lógica economicista e ultra-liberal que faz lembrar a atitude dos lamentáveis anos de governação de Pedro Passos Coelho”.

Luís Pereira deu ainda outro exemplo da falta de visão estratégica da atual governação autárquica de Alijó, que não “possui um único desporto ou quaisquer atividades fluviais apoiados pela autarquia ou, o que também não deixa de ser grave, uma rede de percursos pedestres que permitam oferecer a quem nos visita o usufruto das potencialidades da paisagem ou dos recurso naturais e culturais”.

O candidato à Assembleia de Alijó referiu ainda que os bloquistas são contra uma descentralização assente na privatização das competências que devem ser públicas e municipais. “Somos e seremos contra qualquer processo de municipalização que tenha como objetivo a transferência encapotada das competências do Estado para os privados”.

No final da sua intervenção, Luís Pereira realçou que devem ser exploradas as dinâmicas e potencialidades que emergem das Universidades da região para “que os municípios possam promover e potenciar estratégias com mais eficácia e sucesso, estratégias mais inteligentes e mais articuladas com a necessidade da promoção de um desenvolvimento sustentável”.

A sessão de apresentação das candidaturas autárquicas ao concelho de Alijó contou ainda com a presença e intervenção da coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Termos relacionados Autárquicas 2017, Política
Comentários (1)