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Itália regista aumento na chegada de refugiados

Cerca seis mil pessoas chegaram por mar a Itália desde terça-feira, o que poderá indicar um aumento das travessias no Mediterrâneo, após a entrada em vigor do acordo entre a UE e a Turquia, refere a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Foto Acnur/L. Boldrini

Segundo um porta-voz daquela organização citado pelo Público durante “esta semana, quase todas as chegadas aconteceram nas costas de Itália”, o que vem confirmar a redução significativa das chegadas à Grécia desde que entrou em vigor o acordo entre a União Europeia e a Turquia.

A OIM refere ainda que das 5.664 pessoas que chegaram à Europa por mar entre terça-feira e quinta-feira, apenas 174 foram registadas na Grécia, enquanto à margem desta contabilização estão as 357 pessoas que chegaram na manhã desta sexta-feira à cidade portuária de Messina, no sul de Itália.

A Líbia como ponto de partida

Perante este cenário, a OIM alerta para o facto de vários fucionários que estiveram em contacto com os migrantes tendo concluido que o “ponto de partida era, para todos, a Líbia”.

O diretor do gabinete de coordenação daquela organização, Federico Soda disse, em comunicado que "muitos vêm da África subsariana e detetamos também um aumento do número dos que vêm do Corno de África, em particular da Eritreia".

Vários dirigentes europeus alertaram que, "ao mesmo tempo que a rota do Egeu se encerrava, a Líbia passaria a ser a zona principal daqueles que pretendem chegar à Europa".

ao mesmo tempo que a rota do Egeu se encerrava, a Líbia passaria a ser a zona principal daqueles que pretendem chegar à Europa.

“O número de migrantes potenciais na Líbia é inquietante. Isso significa que devemos estar prontos a mostrar a nossa solidariedade com Malta e Itália se eles a pedirem”, afirmou numa intervenção no Parlamento Europeu, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu.

Independentemente da redução do número de chegadas à Grécia, o país debate-se ainda com uma situação de emergência, dado que tem de encontrar encontrar alojamento, alimentação e cuidados para 50 mil refugiados que chegaram ao país antes de ter começado a ser aplicado o acordo entre a UE e a Turquia.

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