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Itália prepara novo resgate do “elo mais fraco” da banca

A demissão de Renzi complicou o plano de recapitalização privada e o Estado pode avançar nos próximos dias para resgatar o Monte dei Paschi di Siena.
Foto Petar Milošević/Wikimedia Commons

A notícia é avançada pela agência Reuters, com base em “três fontes próximas do processo”: os cofres públicos italianos podem ser chamados a resgatar o banco Monte dei Paschi di Siena, pior classificado nos testes de stress do Banco Central Europeu, num montante avaliado em cerca de 5 mil milhões de euros.

A derrota da proposta de reforma constitucional que levou à demissão do primeiro-ministro italiano parece ter afastado os fundos privados que negociavam a entrada no capital do banco mais antigo do mundo e terceiro maior banco comercial italiano, que já foi objeto de recapitalização em 2013, no valor de 3.9 mil milhões de euros.

A urgência da recapitalização é justificada pela necessidade de evitar uma crise sistémica na banca italiana, com um crédito malparado avaliado em 360 mil milhões de euros. Trata-se de uma autêntica bomba relógio que poderia afetar dezenas de milhares de pequenos obrigacionistas e o conjunto da banca italiana e europeia.

As ações do Monte dei Paschi di Siena caíram 4% após o anúncio do resultado do referendo italiano e estiveram a cair 10% durante a sessão de segunda-feira.

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