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Israel decide duplicar colonatos nos Montes Golã

O Primeiro-Ministro israelita, Naftali Bennett, anunciou este domingo que vai duplicar os colonatos nos Montes Golã, uma zona da Síria invadida por Israel em 1967. A decisão foi tomada numa reunião excecional do Conselho de Ministros realizada no próprio território.
O chefe do governo de Israel esclareceu que serão gastos perto de 280 milhões de euros para criar infraestruturas, alojamentos e empregos destinados a aliciar população israelita e duplicar os atuais 25.000 colonos residentes atualmente na região. Segundo Bennett, o “investimento” foi estimulado pelo reconhecimento dos EUA da soberania israelita sobre o território feita por Donald Trump em 2019 e que a administração de Biden, diz este, já “clarificou que não vai alterar esta política”. Isto apesar das palavras de Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, que classificava a região dos Golã como “muito importante para a segurança de Israel”, ao mesmo tempo que acrescentava mais vagamente que “as questões de legalidade são de outra ordem”.
Este acto de Trump valeu-lhe um colonato batizado em seu nome, a “Colina Trump” e foi uma das razões que fez Bennett exclamar que “este é o nosso momento, o momento dos Montes Golã. Depois de longos e estagnados anos nas dimensões da colonização, o nosso objetivo atual é duplicar os colonatos”.
Os 25.000 colonos são já a maioria da população da região. Depois da invasão de 1967 e da anexação oficial em 1981 a política de colonização do território assim o conseguiu. Permanecem aí 23.000 mil druzos, apesar da guerra ter feito fugir parte da população.
A maioria da comunidade internacional não reconhece a soberania israelita sobre o território.
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