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Irlanda vota por divórcio menos restritivo e pela unidade do país

A Irlanda já foi a votos na passada na sexta-feira para o Parlamento Europeu, mas também para se pronunciar sobre mais duas questões: o divórcio a unificação do país.
No país de forte influência Católica, o divórcio é legalmente permitido apenas desde 1995, quando foi aprovado também em referendo por uma margem curtíssima de 50,3% dos votantes. Agora, os irlandeses e irlandesas foram às urnas votar alterações à lei que passam a permitir o divórcio dois anos após o casamento — atualmente é necessário esperar quatro anos. Outra alteração proposta passa a reconhecer legalmente os divórcios feitos no estrangeiro.
As sondagens à boca de urna davam por garantida a aprovação das propostas para um divórcio menos restritivo: cerca de 87% dos eleitores sondados manifestaram-se a favor, apenas 12% contra. A afluência às urnas na sexta-feira foi de 53%. Números que revelam, quase 25 anos após a legalização do divórcio por uma unha negra, uma evolução rápida e radical das opiniões dos irlandeses quanto ao assunto. Em maio de 2015, os irlandeses e irlandesas já tinham aprovando em referendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, por mais de 60% dos votos.
O Irish Council for Civil Liberties saudou estes resultados, a confirmar no domingo, como "um enorme passo para defender os direitos das pessoas que se querem divorciar". Também Orla O'Connor, diretora no National Women's Council, viu neles "mais um referendo onde o povo irlandês mostrou a sua compaixão e apoio às famílias em situações difíceis". Em declarações à Associated Press, considerou as medidas importantes para as mulheres que enfrentam situações de violência doméstica, além de um primeiro passo rumo a uma reforma mais abrangente das leis de família.
O outro voto dizia respeito à questão marcante da unidade do país, dividido entre a República da Irlanda a sul e a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido — a questão da fronteira após o Brexit foi decisiva para a queda esta semana de Theresa May no país vizinho. À pergunta "Se houvesse amanhã um referendo a uma Irlanda Unida, votaria SIM a favor, ou NÃO contra?", uma maioria de dois terços indicou votar pela primeira opção.
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