Invasores do Capitólio arriscam penas severas

10 de November 2021 - 22:42

Alguns dos invasores do Capitólio do passado 6 de janeiro arriscam penas de 44 e 51 meses. Donald Trump vê recusado o seu pedido de manter em segredo os documentos sobre a invasão.

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Capitólio - Foto de Daniel Mennerich | Flickr

Os advogados do governo dos Estados Unidos estão a defender a aplicação de penas mais longas para os responsáveis da invasão ao Capitólio que aconteceu no passado 6 de janeiro enquanto era confirmada a vitória de Joe Biden pelos deputados, segundo o The Guardian.

Esta quarta-feira, um juiz vai decidir se Scott Fairlamb cumpre 44 meses e Jacob Chansley 51 meses. Estes apoiantes de Donald Trump foram filmados a bater num polícia e a invadir a câmara do Senado.

Scott Fairlamb, ex-lutador de artes marciais mistas de Nova Jérsia, considerou-se culpado, em agosto, de ter agredido um agente da polícia. Relativamente à Jacob Chansley, que invadiu o Capitólio com uma vestimenta de pele de animal e cornos, arrisca uma pena de 4 anos e 3 meses.

Cerca de 700 pessoas foram detidas durante o ataque ao Capitólio, onde o Congresso iria certificar a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro de 2020. Até agora, 120 pessoas declararam-se culpadas e duas dezenas já foram condenadas.

Trump vê negado o seu pedido para manter em segredo os documentos sobre a invasão

Um tribunal federal rejeitou, esta terça-feira, o pedido de Donald Trump de manter em segredo os documentos da Casa Branca sobre a invasão ao Capitólio de 6 de janeiro. Segundo o jornal Expresso, Tanya S. Chutkan, juíza do tribunal do Distrito de Columbia, concluiu que a comissão de inquérito do Congresso ao ataque ao Capitólio tem direito a receber os documentos.

Trump invocou o “privilégio do Executivo” para impedir que centenas de documentos chegassem à comissão de inquérito, mas “a posição de que pode sobrepor-se à vontade expressa do poder executivo parece basear-se na noção de que o seu poder existe em perpetuidade”, referiu a juíza.

Um porta-voz de Trump já informou que vão recorrer da decisão e é provável que o processo vá para o Supremo Tribunal.

A documentação em causa, mais de 770 páginas, contém um registo de atividades, viagens, briefings e telefonemas.

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