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Intermitentes da Cultura ocupam teatros em França
O movimento de ocupação de teatros pelos intermitentes da Cultura franceses começou no famoso Teatro Odeón de Paris. Depois de uma manifestação, na tarde de quinta-feira da semana passada, cerca de cinco dezenas de trabalhadores da área dos espetáculos, com o apoio da central sindical CGT e o beneplácito da direção da instituição, irromperam pela sala de espetáculos de onde dizem não querer sair até que as suas reivindicações sejam ouvidas num encontro com o primeiro-ministro francês.
O local foi decorado com bandeirolas e palavras de ordem como “cultura sacrificada” e passou a ser palco de reuniões gerais dos ocupantes. Mas também houve música, dança e festa: “deixem-nos trabalhar, queremos dar felicidade às pessoas”, cantou-se. Os trabalhadores exigem desta forma ajudas à criação artística e a abertura de negociações, de forma a que se estabeleçam condições para reabrir em segurança as salas de espetáculos e outros locais de criação artística.
Em segudia, o mesmo cenário ganhou forma noutros pontos do país. O Espaço Pluriels em Pau, o Teatro Nacional de Estrasburgo, o Teatro Nacional La Colline de Paris, o Equinoxe de Châteauroux e Graslin de Nantes foram-se juntando sucessivamente à lista de locais ocupados.
Aos trabalhadores juntaram-se os alunos das escolas de artes, também eles preocupados com o futuro das suas profissões. Atores famosos, senadores, deputados e várias personalidades públicas têm marcado presença para expressar a sua solidariedade. São tantos, explica ao Libération Philippe Gautier, secretário-geral do Sindicato dos Artistas-Músicos da CGT, que já há uma lista de espera para intervirem nas assembleias gerais que acontecem no Odéon.
On est là
C'est probablement le chant militant le plus utilisé depuis 2018.
Utilisé par les syndicalistes avant le début du mouvement des #GiletsJaunes il a été revisité depuis, pour devenir un cri de ralliement unanime contre #Macron
Et c'est fort bien.#OdeonOccupé pic.twitter.com/de59PJonum— Cerveaux non disponibles (@CerveauxNon) March 6, 2021
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