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Impormol ameaça despedir 180 trabalhadores

Com o objetivo de protestar contra o fecho da unidade situada na Azambuja que poderá levar a despedimentos, mais de cem trabalhadores da Impormol estiveram concentrados em Lisboa.

A administração da Impormol, que após ter sido adquirida pela multinacional Heavy Metal Invest passou a chamar-se Frauenthal Automotive, com sede no Liechtenstein, viu, em abril, a administração avançar com um pedido de insolvência e suspensão da atividade, ameaçando agora despedir 180 trabalhadores.

Durante a concentração, o delegado sindical da empresa de molas para automóveis, Fernando Pina, afirmou ao “Jornal de Notícias” que “os trabalhadores da empresa são altamente qualificados e não números que se apagam com uma borracha“.

Os trabalhadores e sindicalistas afirmaram ainda que a empresa "tem uma larga herança de conhecimento, boa base tecnológica e trabalha exclusivamente para as exportações".

"É inacreditável como se pode querer fechar uma empresa com estas características", disse o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro, um concelho onde vivem muitos dos operários da Impormol.

Evitar um buraco negro”

Por seu turno, o vice-presidente do município da Azambuja, Silvino Lúcio, considerou que “a empresa é viável, com futuro e estão aqui a querer pregar-nos uma partidinha", tendo acrescentado que “o concelho perdeu nos últimos anos fábricas tão importantes como a Ford e a Opel. "Tudo iremos fazer para evitar mais um buraco negro".

Também presente na concentração, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse ao jornal que este é um exemplo "do que são os papéis do Panamá", tendo ainda sublinhado que a empresa chegou a esta situação porque "ficou nas mãos de um fundo de investimentos".

No final da concentração, os trabalhadores aprovaram uma moção em que exigem ao ministério da Economia “apoio para evitar o fecho da fábrica”.

Refira-se que esta quinta-feira, uma delegação sindical foi recebida no ministério, e obteve a garantia que o governo, com o apoio do IAPMEI, está a “fazer tudo para encontrar um investidor, que possa garantir a continuação da produção e, consequentemente, evitar o desemprego dos 180 trabalhadores”.

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