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Imigração não fez aumentar o desemprego na Suíça

Estudos mostram, pelo contrário, que o acordo sobre a livre circulação de pessoas “contribuiu muito para o crescimento da economia e do emprego nestes últimos 11 anos”. Desemprego atual no país é 3,5%, inferior aos mais baixos da UE.
"Não à imigração descartável". Foto de Fabio Panico

Os dados estatísticos do Secretariado de Estado da Economia (SECO) suíço mostram que o desemprego de 3,5% no país manteve-se sem alteração em fevereiro e que a proporção de suíços e imigrantes no desemprego também não sofreu alterações. Desde os anos 90, o desemprego na Suíça oscila entre 1% e 6%.

A cifra atual de 3,5% é mais baixa que os países europeus em melhor situação, como a Áustria (4,8%), a Alemanha (5,2%), o Luxemburgo (6,1%) ou a Holanda (6,9%). Mas o desemprego foi o principal argumento usado pelo partido de estrema-direita UDC para defender o restabelecimento de quotas para imigrantes.

Outro estudo da SECO de meados do ano passado concluiu mesmo que o acordo sobre a livre circulação de pessoas “contribuiu muito para o crescimento da economia e do emprego nestes últimos 11 anos”, porque “a imigração duradoura sustentou a economia interna graças às despesas de consumo e aos investimentos na construção, que permitiram atenuar as consequências negativas na Suíça”.

Milhares manifestam-se contra resultados do referendo

Nesta segunda-feira, milhares de pessoas manifestaram-se em várias cidades suíças contra o resultado do referendo que aprovou restrições à imigração europeia para o seu mercado laboral, por uma diferença de apenas 0,3%.

A Comissão Europeia assinalou em comunicado que lamenta esta iniciativa para a restrição da imigração europeia, que vai contra “o princípio de liberdade de movimentos entre a UE e a Suíça”.

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