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Iglesias reforça convite ao PSOE para governar

No final do único debate televisivo entre os 4 principais partidos, o líder do Podemos insistiu que os eleitores do PSOE não perdoarão ao seu líder se este permitir que o PP continue a governar.
Esta segunda-feira houve debate a quatro na campanha eleitoral espanhola.

“Hoje ficou claro que há duas escolhas de governo: a escolha de que o PP continue no executivo e a escolha em que nós possamos entrar no governo. E a nossa mão continua estendida ao PSOE”, declarou Pablo Iglesias aos jornalistas no final de um debate em que não ouviu uma resposta definitiva do líder do PSOE.

Por várias vezes Pedro Sánchez se dirigiu a Iglesias acusando-o de ter dado a mão a Rajoy quando o Podemos chumbou o acordo de governo PSOE/Ciudadanos no parlamento, impedindo assim o que chamou de “governo de mudança”. Iglesias respondeu que Sánchez estava a enganar-se de adversário, mas ainda teve de ouvir o líder do PSOE ressuscitar neste debate as acusações contra dirigentes do Podemos por supostas irregularidades fiscais, entretanto arquivadas.

“Consideramos que o PSOE deve ser nosso aliado. Mesmo que ganhemos as eleições, não acredito que tenhamos a maioria absoluta. Por isso o governo de Espanha será o resultado de acordos e só há aquelas duas escolhas. O árbitro vai ser o PSOE, terá de decidir se governa o PP ou se governa connosco”, insistiu Pablo Iglesias, depois de ter dito a Sánchez no debate que o voltará a convidar para presidir ao governo de coligação caso o PSOE supere o Unidos Podemos nas eleições de 26 de junho.    

“Os eleitores socialistas jamais aceitariam que o seu partido facilitasse ativa ou passivamente um governo do PP”, concluiu Iglesias, que parte para as duas últimas semanas de campanha convencido de que “estamos muito próximos de um governo de coligação progressista”.

Este foi o primeiro debate entre os quatro principais candidatos à presidência do governo espanhol, depois de Mariano Rajoy ter recusado um debate semelhante nas eleições de dezembro passado. Ao fim de seis meses sem governo, os temas em foco não foram diferentes do que na eleição anterior, centrando-se nas politicas de cortes e austeridade dos últimos anos, o desemprego e a corrupção na política.

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