You are here

Ibersol usou trabalhadores da Uber Eats para substituir grevistas na Pizza Hut

Os trabalhadores da Pizza Hut no grande Porto fizeram greve a 1 de janeiro porque a empresa alterou o tradicional horário de funcionamento desse dia. Para minimizar os efeitos da greve, diz o Sindicato da Hotelaria do Norte, a Ibersol usou trabalhadores da Uber Eats no lugar dos grevistas.
Trabalhadores da Pizza Hut em protesto. Janeiro de 2020. Foto do facebook do Sindicato da Hotelaria do Norte.
Trabalhadores da Pizza Hut em protesto. Janeiro de 2020. Foto do facebook do Sindicato da Hotelaria do Norte.

Se à primeira a Ibersol não cumpriu a lei e levou os trabalhadores da Pizza Hut no grande Porto à greve, à segunda fez ainda pior e usou trabalhadores da Uber Eats de forma a contornar os efeitos dessa mesma greve. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria do Norte que anunciou em comunicado que vai avançar com uma queixa-crime contra esta empresa por violação da lei da greve.

O caso começou quando a Ibersol decidiu, pelo segundo ano consecutivo, fazer os seus trabalhadores trabalhar mais cedo do que era costume no dia de Ano Novo. O horário que costumava começar às 18 foi antecipado para as 13 horas. Só que a empresa, diz o sindicato, fê-lo “sem cumprir os formalismos e procedimentos legais, designadamente de consulta aos trabalhadores e aos delegados sindicais”.

Os trabalhadores, distribuidores mas também cozinheiros e empregados de balcão e mesa, não se conformaram com a imposição que punha “em causa a sua vida pessoal e familiar” e decidiram fazer greve nesse dia.

A empresa terá decidido fazer pior a emenda que o soneto e, acusa o sindicato “para minimizar os efeitos da greve, a Ibersol usou os distribuidores da Uber Eats, substituindo os grevistas, o que configura a prática de um crime”. O STHN esclarece portanto que “está a fazer um melhor apuramento da situação para apresentar queixa-crime contra a empresa”.

Termos relacionados Sociedade
(...)