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Hungria expulsa 600 refugiados num dia

Em outubro, os húngaros vão responder em referendo à seguinte questão: " Querem que a União Europeia tenha o poder de decretar a relocalização obrigatória de cidadãos não-húngaros na Hungria sem a aprovação do parlamento húngaro?".
Foto de Olmo Calvo

Esta terça-feira, ao abrigo de uma reforma que visa expulsar migrantes ou refugiados que sejam encontrados perto da fronteira, as autoridades expulsaram 600 pessoas.

Segundo a lei, que entrou hoje em vigor, as autoridades "vão acompanhar" até ao outro lado das fronteiras do sul do país todos os refugiados que sejam intercetados num raio de oito quilómetros, um procedimento já foi criticado não só pela ONU como também por várias organizações não governamentais (ONG).

Referindo-se à aplicação da lei, o capitão geral da polícia húngara, Karoly Papp disse que “os agentes acompanharam até à fronteira perto de 600 pessoas, que "colaboraram com as autoridades, não se tendo registado incidentes”.

Travar os pedidos de asilo

No início desta semana, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) criticou este procedimento, tendo afirmado que “vai dificultar ainda mais o processo de pedido de asilo”.

Para aquele organismo das Nações Unidas, o governo húngaro pretende com esta lei enviar um sinal aos refugiados dizendo-lhes que não há qualquer possibilidade de entrar no país, a menos que seja irregularmente.

O governo húngaro insiste no entanto em dizer que se trata de um “sistema mais eficaz” para "diminuir o número de imigrantes que permanece no país ilegalmente", de acordo com as afirmações do conselheiro para os Assuntos de Segurança, Gyorgy Bakondi.

Refira-se que desde o momento em que o país fechou as fronteiras com a Sérvia e a Croácia, no início do outono passado, que entrar na Hungria ilegalmente é considerado um delito passível de uma condenação que pode ir até cinco anos de prisão.

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