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Honduras: assassinado mais um dirigente indígena

O dirigente do Conselho Cívico das Organizações Populares e Indígenas das Honduras (COPINH), Nelson García, foi assassinado esta terça-feira perto do local onde a polícia procedia à retirada de terras a vários camponeses.
Autoridades das Honduras têm aumentado a repressão sobre os camponeses.

Segundo relatos de outros membros que se encontravam no local onde ocorreram os despejos, Nelson García foi baleado quando se dirigia para sua casa tendo falecido na sequência dos ferimentos.

A polícia nacional apressou-se a desmentir que o crime se tenha ficado a dever ao seu ativismo no movimento índigena mas Marleny Reyes, dirigente do COPINH, afirmou que ele foi assassinado quando regressava a casa, a cerca de 10 minutos do local onde decorreu a ação policial.

Registe-se que, de acordo com informações de ativistas, cerca de 150 famílias foram violentamente desalojadas por 10 patrulhas de polícia nacional e da polícia militar numa ação que teve início às primeiras horas da manhã na presença de elementos do COPINH que foram perseguidos pela polícia para serem detidos, referiu Marleny Reyes.

Este crime ocorreu 12 dias após o assassinato da líder indígena, Berta Cáceres Flores.

Aumento da repressão

Marleny Reyes afirmou ainda que está a recolher informações sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte de Nelson García para fazer uma denúncia pública junto de todos os organismos de defesa dos Direitos Humanos, com o objetivo de defender os direitos dos povos indígenas das Honduras que são perseguidos constantemente por parte dos proprietários de terras com a complacência das autoridades repressoras do Estado hondurenho.

Aquela dirigente do COPINH denunciou ainda o aumento da repressão nos últimos dias através de ameaças e intimidações junto dos seus companheiros que estão a lutar para recuperar as terras que lhes foram retiradas e pela preservação dos recursos naturais.

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