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Há 113 médicos sem acesso a formação especializada

O Bloco de Esquerda entregou esta terça-feira uma série de perguntas, dirigidas ao Ministério da Saúde, sobre os 113 médicos e médicas que ficaram sem lugar no concurso para a escolha de especialidades médicas.
O concurso que permite a estes profissionais aceder à formação especializada previa 1569 vagas a concurso para cerca de 1700 inscritos, e decorreu de forma “turbulenta” desde o seu lançamento, tendo-se registado várias irregularidades apontadas diversas instituições. Na altura, o Sindicato Independente dos Médicos referiu que “a bem da transparência e porque as graves irregularidades apresentadas não se coadunam com um processo que se pretende organizado, acreditamos que este concurso não reúne condições para prosseguir”. Já a Ordem do Médicos, na voz do presidente do Conselho Regional do Norte referiu tratar-se de “terrorismo pessoal” contra os internos.
Segundo o deputado do Bloco Moisés Ferreira, “esta é uma situação que acontece pela primeira vez e que é insólita e anacrónica: não se compreende que num país que tanto carece de médicos possa haver médicos que não conseguem fazer a formação específica”.
Além disso, “não se vislumbra qual o interesse em ter médicos sem especialidade,”, afirma o deputado no texto dirigido à tutela, acrescentando: “a menos que se pretenda criar uma bolsa de recrutáveis de baixo custo para urgências hospitalares, estratégia que não é proveitosa para ninguém a não ser para as empresas que lucram com a colocação de médicos tarefeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
É fundamental “intervir urgentemente” e assegurar o acesso à formação específica a todas as pessoas que concluíram a formação médica.
Para o Bloco, estes 113 médicos não podem ficar privados de acesso à formação especializada e, por isso, considera que é fundamental “intervir urgentemente” e assegurar o acesso à formação específica a todas as pessoas que concluíram a formação médica.
Perante esta situação, considerando-se a forma como o concurso decorreu, bem como as consequências negativas para a qualidade da formação dos médicos e para a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal, “o Governo pode e deve tomar medidas para que não se crie uma bolsa de médicos sem especialidade.”, defende o Bloco.
Neste sentido, Moisés Ferreira questionou o Mistério da Saúde sobre as medidas a ser implementadas, no sentido de assegurar o acesso à formação especializada a quem ficou excluído do concurso; se o Governo vai reforçar as vagas a serem disponibilizadas no âmbito do Concurso IM 2015-B e permitir o seu acesso aos 113; e se o Governo pondera contratar estes 113 médicos no âmbito do SNS.
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Comments
acho muito bem que o SNS
acho muito bem que o SNS arranje vagas para os medicos que ficaram sem colocaçao
é uma injustiça se assim nãoacontecer
colocaçao dos medicos na especialidade
tanto quanto eu sei , o estado fez contrato com estes jovens médicos que estavam este ano de 2015 no ano comum
como não foram colocados , por falta de vagas , e como sei também que o contrato continua válido para lá de 2016, o que é que vai acontecer ?
haverá rescisão do contrato ? bom , é que se houver , os miúdos terão que ser indemnizados ou então não sei como é que o ESTADO irá fazer
colocaçao dos medicos na especialidade
toda a gente sabia e governo mais que ninguém que este ano de 2015 havia 1700 médicos que estavam no ano comum , além disso todas as notícias que foram publicadas nos jornais indicavam esse número , aliás o antigo ministro da saúde , o dr PAULO MACEDO chegou a dizer mais que uma vez que este ano ( 2015 ) tinham contratado 1700 médicos para o ano comum , com o objectivo de lhes dar formação no sentido de a curto prazo ir resolvendo o problema nacional de falta de médicos
a própria ORDEM DOS MÉDICOS sabia muito bem a quantidade de médicos que estavam no ano comum : ora , não venham com evasivas !.. os miúdos não foram avisados e o mais grave é que não poderam interromper a formçao do ano comum para poderem fazer o exame novamente para se poderem candidatar outra vez á especialidade
considero aliás que os jovens médicos foram enganados pelo próprio estado e a ordem dos médicos tem culpa
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