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Guterres: “Xenofobia em Portugal não dá votos e isso deve orgulhar-nos”

António Guterres esteve reunido com Catarina Martins em São Bento para uma troca de impressões acerca das ideias fortes da sua candidatura a secretário-geral da ONU.
Catarina Martins, António Guterres e José Manuel Pureza reunidos hoje em São Bento.

No final do encontro, Guterres saudou esta “oportunidade para trocar impressões” com a porta-voz do Bloco de Esquerda e o deputado José Manuel Pureza. O candidato a secretário-geral das Nações Unidas sublinhou afirmou que a conversa passou pelos alguns temas prioritários da sua ação, como os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

“O contributo das ideias de todos é muito importante e foi com o maior interesse que tive oportunidade de ouvir as ideias do Bloco de Esquerda”, afirmou Guterres, elogiando em seguida o consenso político alargado contra a xenofobia em Portugal.

“Se há matéria em que o nosso país tem revelado um consenso muito alargado é no sentido de evitar o que, infelizmente, se tem generalizado em muitos outros países, que é tentar culpar os estrangeiros, os migrantes e os refugiados em relação aos problemas que os países têm”, sublinhou Guterres, lembrando que “não temos partidos eleitos para a Assembleia da República com base no discurso xenófobo ou racista.

“Somos um país onde a xenofobia não dá votos” e isso “é uma coisa que nos deve encher a nós, portugueses, de orgulho”, concluiu o ex-primeiro-ministro.

No final do encontro com António Guterres, Catarina Martins destacou a sua intervenção “na resposta às crises de refugiados e a favor dos direitos humanos”, pelo que faz um balanço muito positivo do mandato de Guterres à frente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

Quanto à candidatura de Guterres à Secretaria-Geral da ONU, a porta-voz do Bloco reiterou o seu apoio, recordando que o partido “disse desde o primeiro momento que acha que esta é uma decisão acertada e que é uma candidatura forte”.

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