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Greve no Dia/Minipreço contra fecho de 20 lojas e despedimento de 200 trabalhadores

Os trabalhadores concentraram-se junto à sede da empresa esta segunda-feira em luta contra o despedimento coletivo, em defesa dos postos de trabalho e contra o encerramento de lojas. Foi decidida uma paralisação a realizar-se a 4 de agosto.
Foto publicada na página de internet da CGTP.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) explica que “a empresa Dia Portugal comunicou aos seus trabalhadores a intenção de proceder ao despedimento coletivo de cerca de duzentos trabalhadores e ao encerramento de mais de vinte lojas”.

“Os trabalhadores, concentrados esta manhã junto à sede da empresa, no dia 25 de julho, exigiram a manutenção de todos os postos de trabalho e decidiram convocar greve para 04 de agosto de 2022”, refere a estrutura sindical.

Em declarações à agência Lusa, Válter Ferreira do CESP afirmou que participaram da concentração desta segunda-feira cerca de 40 trabalhadores. O dirigente sindical lamentou que, até ao momento, a empresa não tenha prestado quaisquer esclarecimentos ao sindicato ou aos trabalhadores.

“Os trabalhadores consideram que a situação financeira da empresa é o resultado de uma má gestão, que, particularmente desde 2012, tem vindo a desenvolver políticas de desinvestimento na qualificação e valorização dos trabalhadores e das lojas, com a desvalorização acentuada dos salários e o brutal desinvestimento na requalificação e manutenção das lojas”, escreve o CESP.

A estrutura sindical considera que esta gestão, “por via de um modelo de negócio incompreensível e ruinoso (a chamada ‘terceirização’), tem vindo a degradar a situação financeira, assim como a denegrir a imagem da empresa perante os clientes e a opinião pública”.

O CESP alerta ainda que esta “terceirização”, além de “destruir postos de trabalho e desperdiçar valiosos recursos humanos, prejudica a imagem da empresa, com constantes aberturas e encerramentos, alterações de pessoal, produtos e tipos de gestão em curtos espaços de tempo, que deixam os clientes desconfiados da seriedade e da qualidade do serviço prestado”.

Os trabalhadores, alheios “a todas as medidas que a empresa implementou ou pretende implementar”, sempre “alertaram para o prejuízo que as políticas de gestão têm trazido à empresa e aos trabalhadores”.

“Num momento em que a situação nacional exige medidas no sentido de valorizar o emprego, o trabalho e os trabalhadores, a empresa Dia Portugal segue no sentido contrário, desperdiçando recursos humanos e financeiros que serão canalizados para a destruição de postos e locais de trabalho, descredibilizando ainda mais a imagem da empresa no nosso país”, lamenta o Sindicato.

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