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Greve nacional de professores a 31 de janeiro

A Fenprof convocou uma greve nacional de professores e educadores para o final do mês de janeiro de forma a reagir a um Orçamento de Estado que, considera a estrutura sindical, “passa ao lado da educação”, agrava a situação nas escolas e desvaloriza mais a carreira docente.

A maior federação sindical de professores pretende que o mês de janeiro será marcado pela luta.

Esta sexta-feira, os professores participaram na ação da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, uma “janeirada” em que se cantou as janeiras ao Parlamento enquanto se discutia um Orçamento de Estado que se considera dar uma “má utilização à receita do Estado”. Os trabalhadores da Função Pública reclamaram “maior investimento nos serviços públicos” e não se conformam com as intenções do governo de atualizar os vencimentos em apenas 0,3%.

No mesmo dia desta intervenção, a direção da Fenprof anunciou uma série de iniciativas: um cordão humano, uma manifestação nacional e uma greve no dia 31 de janeiro.

As várias ações reivindicativas são justificadas em comunicado como reação à proposta de Orçamento de Estado de 2020 que “passa ao lado da educação”. A Fenprof pensa que, nele, a área da educação “mantém-se financeiramente estagnada após uma década em que o financiamento público foi reduzido em 12%”. Assim as escolas vão continuar “a debater-se com problemas cada vez mais difíceis de resolver”.

Também os professores são prejudicados por o orçamento não contabilizar o tempo de serviço que lhes foi retirado, não resolve problemas como as penalizações no sistema de aposentação nem “abusos e ilegalidades” nos horários de trabalho e a precariedade dos docentes.

Tal como os restantes trabalhadores da Função Pública, a questão salarial deste Orçamento também conta para os professores. O comunicado da Fenprof considera o aumento de 0,3% proposto pelo governo uma “provocação” que “depois de dez anos em que o poder de compra se desvalorizou mais de 16%, provocará uma nova desvalorização.”

Os professores não concordam ainda com o “aprofundamento do processo de municipalização” que está previsto no OE de 2020. Pensam que é “um erro que deverá ser corrigido”.

No mesmo dia da greve, a Fenprof marcou uma manifestação nacional, juntando-se ao protesto da Administração Pública em Lisboa. Até lá, os professores vão fazer um cordão humano na próxima sexta-feira, o dia em que o ministro da Educação estará na Assembleia da República para discutir o Orçamento de Estado na especialidade.

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