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Greve na Transtejo e Soflusa: administração admite degradação da frota

A presidente do grupo que junta as duas empresas, Marina Lopes Ferreira, admitiu hoje à TSF que os barcos estão degradados e que os utentes estão a ser prejudicados

Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa estão em greve esta quarta e quinta-feira, afetando as ligações fluviais das horas de ponta.

Na raíz da greve está a recusa do Ministério das Finanças em aprovar o acordo, assinado em Dezembro com as organizações de trabalhadores, para a renovação da contratação coletiva existente, bem como as condições da frota de navios e pontões.

Para o responsável da central sindical, “não se justifica que o Governo, sendo o acionista da Transtejo e da Soflusa, esteja há cinco meses para publicar um acordo que foi livremente assinado pelas administrações destas empresas com os representantes dos trabalhadores”.

A presidente do grupo que junta as duas empresas, Marina Lopes Ferreira, admitiu hoje à TSF que os barcos estão degradados e que os utentes estão a ser prejudicados: "A situação de degradação da frota da empresa faz com que atualmente estejamos a servir as populações com uma oferta claramente insuficiente para aquilo que são as necessidades das populações. Quer dizer que nós precisamos de ter em permanência sete navios para satisfazer as necessidades das populações e estamos a operar com cinco navios.

A administração do grupo pediu em março orçamento para investimento na frota, não tendo até ao momento qualquer resposta do governo.

O Bloco de Esquerda entregou hoje uma pergunta ao governo (em aneox) onde considera que  a "decisão no Ministro das Finanças é ilegítima, pois o que está em causa é o direito constitucional à contratação coletiva. O acordo que foi encontrado em dezembro respondia à consolidação dos salários e direitos dos trabalhadores, simplificando e agregando componentes fixas e regulares de remuneração que se encontravam dispersas, num momento em que se prepara uma restruturação das empresas."

"Além do mais", acrescentam, "as dificuldades do setor têm vindo a ser agravadas pela falta de meios de renovação e recuperação da frota de navios e pontões, que sucessivamente têm vindo a pôr em causa o serviço às populações que utilizam este meio de transporte diariamente."

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