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Greve na Ryanair contra precariedade e cultura de bullying

Os tripulantes de cabine avançam para três dias de greve na última quinzena de março, e até três dias na primeira quinzena de abril, caso a administração da empresa continue a violar a lei e mantenha as práticas empresariais que prejudicam gravemente os seus direitos.
De acordo com os trabalhadores, a Ryanair não cumpre a legislação laboral portuguesa e recusa-se a tratar os seus tripulantes "com o mínimo de respeito e dignidade humana".

Em Assembleia Geral de Emergência, realizada a 15 de fevereiro, os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) decidiram mandatar a direção da estrutura sindical para “continuar a desenvolver todos os esforços perante a Ryanair e restantes entidades nacionais no sentido de garantir o cumprimento integral do direito constitucional e laboral português e exigir à Ryanair um compromisso cabal que coloque um fim à cultura de bullying e pressão desmesurada” sobre os seus tripulantes.

Os tripulantes de cabine mandataram ainda a direcção do SNPVAC para convocar até três dias de greve na última quinzena de março, e até três dias na primeira quinzena de abril, caso a administração da empresa continue a violar a lei e mantenha as práticas empresariais que prejudicam gravemente os seus direitos.

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De acordo com os trabalhadores, a Ryanair não cumpre a legislação laboral portuguesa e recusa-se a tratar os seus tripulantes "com o mínimo de respeito e dignidade humana". Segundo referem, as condições de trabalho na empresa têm-se “deteriorado nos últimos anos, nomeadamente o aumento do bullying, processos disciplinares abusivos, condicionamento psicológico dos Tripulantes, ameaças de transferência de base em caso de não cumprimento dos objectivos de vendas e o total desrespeito pelas leis da parentalidade portuguesa”.

A Ryanair é ainda acusada de manter contratos precários há mais de dez anos, de não pagar um salário base mensal mínimo garantido em Portugal aos tripulantes de cabine contratados pelas agências Crewlink e Workforce, e de só admitir pagar um salário mensal mínimo garantido se os tripulantes de cabine aceitarem uma redução salarial.

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