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Greve na Resinorte e na Resiestrela com grande adesão, segundo o STAL

A Resinorte e a Resiestrela são duas empresas de recolha e tratamento de resíduos, da EGF (Environment Global Facilities) do grupo Mota-Engil. A Resinorte abrange 35 municípios da região Norte e a Resiestrela 14 concelhos dos distritos da Guarda e de Castelo Branco.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), os trabalhadores reivindicam “a melhoria dos salários e de outras prestações pecuniárias, nomeadamente, do subsídio de refeição, transporte” e também “o respeito pela contratação coletiva e respostas sérias às propostas sindicais de negociação de um acordo coletivo de trabalho, que normalize e constitua um instrumento de efetiva melhoria das condições de trabalho”.
“Quase 100%” de adesão na Resinorte e 98% na Resiestrela, segundo o sindicato
José Alberto do STAL declarou à Lusa, esta quinta-feira, que a greve na Resiestrela “regista uma adesão de 98%.”
Joaquim de Sousa dirigente do STAL declarou à agência que a paralisação na Resinorte era de “quase 100%”, salientando que “apenas há recolha graças aos serviços mínimos que foram decretados, abusivamente, pelo tribunal” e sublinhando que “o objetivo é convencer a administração da Resinorte a sentar-se à mesa de negociações”. “Esta é a primeira greve da história da empresa”, destacou ainda o dirigente sindical, que falava a partir do piquete de greve em Riba D’Ave, onde os trabalhadores exigiam “melhores condições de trabalho”, à porta da empresa.
O STAL considerou que os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral do Conselho Economico e Social põem em causa o direito à greve. O sindicato contestou a decisão do tribunal de decretar como serviços mínimos 8 equipas de 2 trabalhadores para fazer a recolha dos ecopontos nos concelhos de Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Fafe, Vila Real, Amarante, Marco de Canaveses e Chaves, “invocando questões de perigo para a salubridade pública, para o ambiente e para a segurança, que nunca fundamenta ou concretiza”, aponta o sindicato. “Na recolha destes resíduos (papel, vidro e plásticos/metais) não se coloca a ‘satisfação de necessidades sociais impreteríveis’ como são a saúde pública, que poderia eventualmente existir se se tratasse de resíduos sólidos urbanos, que vulgarmente se designa por lixo indiferenciado”, argumenta o STAL.
Bloco solidário com a greve
As distritais de Castelo Branco e Guarda manifestaram, entretanto, a sua solidariedade com os trabalhadores da Resiestrela e apelaram à solidariedade da população dos seus distritos.
Os bloquistas criticam nomeadamente o comportamento da empresa, os baixos salários, as carreiras profissionais desvalorizadas, a desigualdade de tratamento e a “ausência de regras uniformes para todos os trabalhadores no universo EGF”.
As distritais do Bloco defendem que “os trabalhadores e as trabalhadoras precisam de respeito pela contratação colectiva, a melhoria de salários e de outras prestações pecuniárias”.
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