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Greve na CP até quarta feira

Trabalhadores estão em greve pela defesa da circulação de comboios com pelo menos dois ferroviários. A paralisação só não deve afetar os comboios urbanos do Porto.
Greve na CP até quarta feira
Foto de Paulete Matos.

Estão previstas supressões e atrasos na circulação de comboios até às 12h horas de 13 de junho devido à greve de 24 horas convocada por várias organizações sindicais que arranca às 12:00.

Esta greve, tal como a prevista para os dias 23 e 24 de junho, está relacionada com a “questão do agente único” por comboio, afirmou o Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante (SFRCI), e irá abrangir os trabalhadores que trabalhem entre Coimbra e Vila Real de Santo António.

Na origem da paralisação estão as propostas de alteração ao Regulamento Geral de Segurança que prevê, nomeadamente, a redução do número de trabalhadores por comboios, com o objetivo de reduzir custos operacionais. “A circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária – trabalhadores, utentes e mercadorias”, esclarecem os sindicatos.

Os sindicatos lamentam as definições de serviços mínimos da greve decretados pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social. O SFRCI afirma que "vai haver bastante circulação [...], mas não vai haver cobrança". Em declarações à agência Lusa, Luís Bravo, presidente do SFRCI, estima que “grande parte” das viagens de comboios de longo curso ficava garantida com revisores sedeados no Porto, mas “em complemento foi ainda atribuído mais 25% de comboios abrangidos, o que dá quase 75% de comboios de longo curso”.

A previsão do sindicalista é de adesão total dos trabalhadores que não cumpram os serviços mínimos e que as “bilheteiras vão estar completamente fechadas”. “No fundo vai haver comboios, mas não vai haver cobrança”, resumiu à Lusa.

Luís Bravo lembrou que os trabalhadores têm uma ata do Governo de dezembro a incluir dois agentes no regulamento: "o Governo não cumpriu o acordo e o senhor secretário de Estado se, aquilo que subscreve não vale nada, acho que devia considerar pôr o seu lugar à disposição”.

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