No dia 18 de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) reuniu com a administração da Somincor que, segundo o dirigente sindical Jacinto Anacleto "continua intransigente e não está interessada em negociar" as revindicações dos trabalhadores.
Na reunião, "não houve qualquer tipo de abertura" da administração para "negociar" e, por isso, o STIM "não teve outra hipótese senão a de entregar um novo pré-aviso de greve", tal como os trabalhadores da Somincor tinham decidido num plenário no passado dia 17 de setembro, explicou Jacinto Anacleto, em declarações à agência Lusa.
A paralisação, que teve início às 6h da manhã de segunda-feira, 6 de novembro, e termina às 6h da manhã de sábado, 11 de novembro, tem como objetivo central a humanização dos horários de trabalho, para os dois grandes grupos de trabalhadores: os mineiros e os operadores de lavarias e adstritos.
O protesto visa ainda reivindicar a antecipação da idade da reforma dos funcionários das lavarias, progressão nas carreiras, revogação das alterações unilaterais na política de prémios e o "fim da pressão e da repressão sobre os trabalhadores".
Greve pára extração e produção
A adesão à greve está a ser "forte" e a extração e a produção na mina de Neves-Corvo, em Castro Verde, distrito de Beja, estão "completamente paradas". De acordo com o dirigente do STIM, só há "serviços mínimos" e "algum pessoal dos escritórios a trabalhar, porque não aderiu à greve", não tendo sido “extraída uma única pedra de minério" no fundo da mina "nem produzida uma única grama de concentrado" de cobre, zinco ou chumbo.
A deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires esteve esta segunda-feira com os mineiros, mostrando, mais uma vez, a solidariedade do Bloco com a luta destes trabalhadores.