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Greve dos professores: Serviços mínimos são um "expediente que a direita pôs na lei"

O governo decretou serviços mínimos em resposta à greve. A deputada do Bloco Joana Mortágua lamenta que “o governo tenha recorrido a um expediente que a direita pôs na lei”.
Foto Paulete Matos
Foto Paulete Matos

A paralisação foi convocada pelas principais estruturas sindicais de docentes, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP-In, e a Federação Nacional da Educação, afeta à UGT que não conseguiram chegar à acordo com o Ministério da Educação, após seis horas de longas negociações.

Para o sindicalista Mário Nogueira, da Fenprof a responsabilidade é do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Em declarações à RTP afirmou mesmo que a federação sindical tentou até à meia-noite desmarcar a greve, mas tal não foi possível nem com a proposta de “uma plataforma de entendimento mínimo”.

A negociação dos sindicatos foi elogiada pela deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, que considerou que as conversas abriram portas para futuras discussões sobre a carreira docente como a “contagem dos intervalos dos professores do primeiro ciclo como tempo letivo”. A deputada mostrou-se satisfeita com a vontade de o governo abrir mais períodos de vinculação: “Um compromisso que o Bloco de Esquerda leva muito a sério e exigirá saber quantos professores é que vai abranger”.

A greve avançou por causa da falta de compromisso do Ministério da Educação em relação ao descongelamento das carreiras dos professores, algo que cria “um sentimento de injustiça na escola pública”, alertou Joana Mortágua.

Outra das reclamações dos professores são as reformas que, segundo a deputada bloquista, estão relacionadas com o desgaste da profissão da docência “sentimos que no caso dos professores há cada vez mais um desgaste dentro das escolas e os professores quando colocam a idade da reforma em cima da mesa não a colocam isoladamente”, referiu em declarações à imprensa.

A deputada do Bloco de Esquerda responsável pela educação vê ainda a necessidade urgente de discussão sobre o futuro da escola pública, pois nos próximos anos um terço dos professores irão entrar na rerforma e, se nada for feito, “corremos o risco de num espaço de dez anos haver uma vaga de aposentações que fará desaparecer a identidade e património acumulado da escola pública”

Mário Nogueira referiu ainda que o Ministro da Educação se recusou a criar um grupo de trabalho para se estudar o desgaste dos docentes, situação que agudizou ainda mais a greve dos professores.

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