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Greve dos enfermeiros com adesão de 90%

A greve dos enfermeiros em Lisboa e Vale do Tejo está a ter uma adesão superior a 90%, segundo o sindicato dos enfermeiros portugueses. Dezenas de enfermeiros concentraram-se junto à ARSLVT reivindicando o descongelamento da carreira e a reposição salarial.
Dezenas de enfermeiros concentraram-se junto à ARSLVT reivindicando o descongelamento da carreira e a reposição salarial - Foto esquerda.net
Dezenas de enfermeiros concentraram-se junto à ARSLVT reivindicando o descongelamento da carreira e a reposição salarial - Foto esquerda.net

Com uma faixa com a palavra de ordem “Progressão afinal é ilusão?”, dezenas de enfermeiras e enfermeiros concentraram-se junto à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, assinalando a greve nesta área, realizada nesta sexta-feira, 31 de agosto.

À Lusa, Rui Marrono dirigente do sindicato dos enfermeiros portugueses (SEP) declarou que a paralisação está a ter uma adesão entre os 90% e os 100% e que em vários centros de saúde se registam adesões de 100%, referindo os casos de Lourinhã, Sobral de Monte Agraço, Mafra, Azambuja Moita e Quinta do Conde.

Os enfermeiros da ARSLVT lutam por “justa, correta e legal contagem dos pontos, para efeito do Descongelamento das Progressões, a todos os enfermeiros, no próximo mês de setembro, com os respetivos efeitos retroativos, a janeiro”.

Além de outras reivindicações, querem também a contratação de mais enfermeiros, para reforço das dotações e abertura de mais Unidades de Cuidados Continuados.

Em declarações ao esquerda.net, na passada quarta-feira, o deputado Moisés Ferreira afirmou que o Bloco de Esquerda “só pode saudar e solidarizar-se com a greve dos profissionais de enfermagem da ARSLVT marcada para dia 31 de agosto”.

Moisés Ferreira salientou ainda: “o Orçamento do Estado é muito claro: estes profissionais têm o direito ao descongelamento e progressão e ela já devia ter acontecido logo no início do ano”.

“Lisboa e Vale do Tejo é a zona do país onde os cuidados de saúde primários são mais frágeis, existindo centenas de milhares de pessoas sem médico de família. A falta de enfermeiros piora a situação e faz com que as populações de vários concelhos não consigam ter acesso a cuidados de saúde básicos”, lembrou ainda o dirigente bloquista.

Lisboa e Vale do Tejo precisa de mais 1.500 enfermeiros

Rui Marroni dirigente sindical do SEP disse à Lusa que na região são precisos mais 1.500 profissionais.

Na ARSLVT, há 2.800 enfermeiros e enfermeiras e cerca de 1,5 milhões de pessoas, pelo que seria necessário contratar mais 1.500 profissionais, para chegar ao valor de 4.300, que cumpre o rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Notícia atualizada dia 31 de agosto às 15.45h

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