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Governo PSD/CDS cortou RSI a mais de 105.000 pessoas

Atualmente, há 206 mil pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção (RSI), o que significa que o governo PSD/CDS-PP cortou o rendimento a mais 105.000 pessoas. Nos últimos 4 anos, Portugal recuou uma década nos níveis de pobreza e exclusão social.
Nos últimos 4 anos, Portugal recuou uma década nos níveis de pobreza e exclusão social

O RSI é em média de 94,74 euros, por pessoa

O Instituto de Segurança Social (ISS) divulgou, nesta quarta-feira, dados sobre o RSI.

Segundo a agência Lusa, os dados divulgados pelo ISS apontam que há atualmente, em novembro de 2015, 206.163 pessoas a receberem o RSI, enquanto em novembro de 2011 havia 311.333 pessoas a receber essa mesma prestação social.

Conclui-se, assim, que em novembro de 2015 há menos 105.170 pessoas a receberem o RSI. Ou seja, o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas cortou o RSI a mais de 105 mil pessoas.

A Lusa refere ainda que o número de famílias com direito ao RSI baixou no mesmo período em 26% de 117.465 para 93.132.

O valor médio que cada beneficiário do RSI recebe atualmente é apenas de 94,74 euros e o de cada família é de 214,04 euros.

A Lusa refere ainda que a maior parte dos beneficiários do RSI residem no distrito do Porto (60.151), no distrito de Lisboa (36.616), nos Açores (17.865) e no distrito de Setúbal (17.472).

Portugal recuou uma década

Em fevereiro passado, o investigador Carlos Farinha Rodrigues assinalava em entrevista ao jornal “Público” que, nos últimos anos, o ciclo de redução da pobreza se inverteu e Portugal recuou “uma década em termos sociais”.

O especialista em desigualdades, exclusão social e políticas públicas salientava então que o aumento da pobreza e segurança social se devia ao aumento do desemprego e à “neutralização” das políticas sociais, nomeadamente o Complemento Solidário para Idosos (CSI) e o RSI.

Em julho passado, Catarina Martins, na abertura do debate parlamentar sobre a proposta de emergência social, apresentada pelo Bloco, denunciava que “os índices de pobreza aumentaram, e aumentaram muito, nestes quatro anos” e apontava que a política do Governo PSD/CDS-PP era “uma política de perseguição social aos mais desfavorecidos e uma tentativa de fazer da pobreza um negócio”.

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