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Governo exclui crianças e migrantes dos testes comparticipados

Governo estabeleceu um regime “temporário” de testes de antigénio comparticipados a 100% até um máximo de 4 por mês. Bloco quer revisão dos critérios para "garantir o acesso a toda a população e uma verdadeira intensificação da testagem”.
Testes covid-19 de antigénio - Imagem sns.gov.pt
Testes covid-19 de antigénio - Imagem sns.gov.pt

Em pergunta ao Ministério da Saúde, sobre a comparticipação de testes rápidos de antigénio à Covid-19, o Bloco de Esquerda questiona a razão para o Governo restringir “o acesso ao regime excecional a quem tem número de utente, sabendo-se que dessa forma se excluem muitas pessoas que vivem e trabalham em Portugal, mas que permanecem indocumentados”. Pergunta ainda porque exclui também as crianças com menos de 12 anos.

Tendo em conta o recrudescimento da pandemia e as novas variantes, em particular a variante Delta, pergunta-se ainda no documento, assinado pelo deputado Moisés Ferreira, por que não se estende às pessoas recuperadas ou integralmente vacinadas os testes 100% comparticipados. E se o Governo não considera que o regime de comparticipação “deveria abranger toda a população, de forma a identificar precocemente e dessa forma quebrar potenciais cadeias de transmissão”.

No texto, sublinha-se que desde o início da covid-19 se sabe que “a estratégia de testagem seria fundamental para controlar as cadeias de transmissão e os novos contágios”, que essa estratégia “é especialmente importante em momentos de desconfinamento” e que, por isso o Bloco tem insistido na intensificação dos testes. Ainda em março passado, num período crítico e face a ritmos lentos de testagem, o partido propôs medidas para massificar a testagem.

“Entre as várias medidas preconizávamos a possibilidade de se poder fazer testes em unidades do SNS e em pontos de testagem a instalar junto de instituições de saúde e em pontos juntos da comunidade. Essa testagem deveria ser gratuita, dependendo unicamente da vontade da pessoa que poderia deslocar-se a um destes pontos para fazer teste e receber o resultado”, recorda-se no documento.

E o Bloco frisa ainda: “é importante que os critérios, aplicação e abrangência do regime de comparticipação de testes rápidos sejam revistos no sentido de garantir o acesso a toda a população e uma verdadeira intensificação da testagem”.

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