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Governante catalã veio a Lisboa pedir mais ação à comunidade internacional

A condenação pelo crime de sedição põe em causa o direito à liberdade de expressão e manifestação, defendeu Mireia Borrell, a responsável pelos assuntos exteriores do governo catalão.
Mireia Borrell
Mireia Borrell esta segunda-feira em Lisboa.

“Esta sentença é um erro histórico. Não equivale a justiça, corresponde mais a vingança”, afirmou a responsável pela pasta das relações exteriores e UE da Generalitat esta segunda-feira em Lisboa.

O objetivo da conferência de imprensa foi reafirmar a posição do governo da Catalunha de que “este é um conflito político que deve ser resolvido de forma política e não com a judicialização” e mostrar que o problema catalão não se esgota na fronteira da Catalunha nem na do Estado espanhol.

“Pedimos à comunidade internacional que não fique em silêncio”, apelou Mireia Borrell. “O que estas pessoas fizeram foi organizar um referendo e uma manifestação” e foram condenadas a penas entre 9 e 13 anos por sedição. Para a governante catalã, “há uma linha muito ténue entre o que é definido como sedição e o que é a liberdade de expressão e de manifestação”, pelo que este é um assunto que deve preocupar a comunidade internacional.

Mireia Borrell insistiu que o governo continua a pedir diálogo e uma solução democrática para um problema político, bem como o fim da repressão. “Infelizmente, Pedro Sánchez não quis nem soube resolver o problema” ao longo do seu mandato, lamentou.

Questionada pelos jornalistas sobre a visita do primeiro-ministro espanhol a Barcelona esta segunda-feira, Mireia Borrell disse que a recusa de Sánchez falar com o líder do governo catalão, Quim Torra, “não é bom sinal” e resume o que tem sido a última fase das relações entre Barcelona e Madrid: “Não encontramos ninguém do outro lado da mesa, há uma cadeira vazia sem nenhuma proposta”, afirmou Borrell.

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