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Gestor processa Isabel dos Santos por salários em atraso

O braço direito para os negócios da bilionária angolana, Mário Leite da Silva, reclama mais de 97 mil euros em salários. Deputado bloquista Jorge Costa comenta com ironia a justiça do processo por parte de "um funcionário que deu o melhor do seu esforço” para “ajudar a filha do presidente a roubar o povo de Angola eficazmente.”
 Mário Leite da Silva conversa com António Lobo Xavier após a assembleia geral de acionistas do banco BPI na Fundação de Serralves no Porto, em Matosinhos, 05 de fevereiro de 2016. Foto de ESTELA SILVA/LUSA
Mário Leite da Silva conversa com António Lobo Xavier após a assembleia geral de acionistas do banco BPI na Fundação de Serralves no Porto, em Matosinhos, 05 de fevereiro de 2016. Foto de ESTELA SILVA/LUSA

Mário Leite da Silva, ex-gestor da Fidequity, empresa de Isabel dos Santos, colocou esta semana a empresa em tribunal reclamando salários em atraso no valor de 97 mil euros.

Segundo o Expresso, aquele que foi um dos principais colaboradores da empresária angolana, representando-a desde 2006 em vários dos conselhos de administração das firmas em que esta era acionista, e que antes trabalhava para Américo Amorim, não foi o único. O antigo diretor financeiro da Fidequity, Eduardo Sequeira, avançou para tribunal exigindo o pagamento de 62 mil euros. E uma outra funcionária da Santoro Finance, também propriedade de Isabel dos Santos, avançou para o Tribunal do Trabalho para exigir mais de 34 mil euros.

A 29 de abril a Fidequity entrou em processo de liquidação, um dia depois de Mário Leite da Silva ter anunciado que iria renunciar ao cargo. O gestor tinha, em setembro passado, enviado uma carta ao Banco de Portugal, ao Banco Nacional de Angola e ao Banco Central Europeu em que admitia que a Sonangol tinha forjado um contrato de forma a financiar a aquisição de uma participação indireta na Galp.

Na sua conta do Twitter, Jorge Costa reagiu com ironia à decisão do gestor. O deputado bloquista escreveu que “salários em atraso são uma indignidade e o processo é justíssimo! Mais ainda quando o explorado é um funcionário que deu o melhor do seu esforço e saber, ao longo de anos e anos, para ajudar a filha do presidente a roubar o povo de Angola eficazmente”.

 

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