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“Gastos com juros davam para aumentar em 50% o Orçamento da saúde e educação”
Em Vila Real, Catarina Martins reiterou ser fundamental derrotar o "muro" da dívida pública e responder às pessoas e aos "problemas estruturais" do país. "Há neste momento em Portugal, e em todos os países da Europa, um problema gigantesco com a política a longo prazo", afirmou Catarina.
"Como é que respondemos pela nossa economia, serviços públicos e emprego se não tivermos meios? Há um muro à nossa frente chamado dívida pública. É esse muro que temos de começar a derrubar” prosseguiu a coordenadora bloquista. Catarina relacionou o excedente primário do país, que está a crescer, e o pagamento anual em juros da dívida.
"Nada chega só para pagar os 8 mil milhões de euros só em juros da dívida. No fim vamos sempre endividarmo-nos mais porque os juros da dívida são sempre mais do que aquilo que o país tem como excedente. É com esta asfixia que temos de romper", explicou a dirigente do Bloco.
Jorge Costa, um dos vice-presidentes da bancada parlamentar afirmou, na mesma sessão, que a esquerda já foi capaz de "atingir resultados que mudam a vida das pessoas, mesmo sem as ruturas que o PS nunca quis antes das eleições”. "Temos que responder serenamente: o que estamos a fazer é o que nos comprometemos a fazer antes das eleições, na campanha eleitoral, e no dia seguinte às eleições".
O jantar de sexta feira foi a conclusão do primeiro de dois dias de jornadas parlamentares em Trás-os-Montes. No final dos dois dias, Pedro Filipe Soares, apresentará iniciativas legislativas do Bloco. Estas jornadas prosseguem nas vésperas da votação do Orçamento do Estado, sobre o qual o Bloco já anunciou que irá votar favoravelmente.
“Tivemos conquistas importantes no fim dos cortes em salários e no compromisso para o aumento do salário mínimo nacional, no aumento das pensões, na tributação das fortunas, no alargamento de apoios sociais. Temos acordo para algumas medidas importantes na reconstituição de direitos do trabalho, como a negociação coletiva na setor empresarial do estado e o aprofundamento da lei de combate à precariedade. E assim, cumprindo o seu compromisso, o Bloco de Esquerda votará favoravelmente o Orçamento do Estado na generalidade”, afirmou Catarina Martins.
A discussão na especialidade do Orçamento, com a discussão de possíveis alterações irá decorrer em seguida, e votação final global do texto está marcada para 29 de novembro.
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