You are here

Funcionários dos Registos voltam à greve

Às segundas-feiras, até ao fim do mês, os trabalhadores dos registos vai estar em greve. Remunerações, promoções e concursos são as preocupações em cima da mesa. O Sindicato Nacional dos Registos acusa o governo de “total incumprimento relativamente a prazos legais e compromissos assumidos”.
Foto de Rakoon. Wikimedia Commons.

Para além desta segunda-feira, os trabalhadores dos registos vão estar em greve nos próximos dias 16, 23 e 30 de setembro. Todas as segundas-feiras, paralisam o trabalho durante 24 horas para reivindicar melhorias nas remunerações, promoções e abertura de concursos. Entre estas contam-se a resolução do problema do processamento errado de salários desde 2002 e a promoção dos escriturários a escriturários superiores.

A estas exigências, juntam-se outras: acabar com as assimetrias salariais e a “mobilidade discricionária”, melhorar condições de trabalho e criar um regime de aposentações e pré-aposentações mais favorável.

O Sindicato Nacional dos Registos convocou esta greve acusando o governo de estar “total incumprimento relativamente a prazos legais e compromissos assumidos perante grupos parlamentares e com esta estrutura sindical”.

Em comunicado, a estrutura sindical  alega ainda que o  governo “continua a nada fazer pela falta de recursos humanos". Segundo os seus números, "aos 1530 trabalhadores em falta referenciados no Balanço Social do Instituto dos Registos e Notariado de 2018, juntam-se mais 41 trabalhadores aposentados no corrente ano e mais 8 trabalhadores falecidos. Verifica-se uma média aproximada de cinco aposentações e um falecimento por mês, sem que se vislumbre concurso externo para recrutamento de trabalhadores".

Os trabalhadores reagem à aprovação, no passado dia 25 de julho, de um novo regime de remuneração dos trabalhadores dos Registos e Notariado, prometendo um reforço de pessoal e aumento de despesa com salários. Só que os sindicatos do setor não ficaram satisfeitos. O Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado (STRN) considerou então que esta proposta era “um ataque sem precedentes ao sistema registral português” e um “sinal muito claro” de uma vontade de privatização do setor, que “arrecada 600 milhões de euros por ano”. Também a Associação Sindical dos Conservadores dos Registos (ASCR) considerou que “a isenção e a independência da profissão estão em causa” e acrescentou que faltavam ao sistema “1500 trabalhadores qualificados”.

Termos relacionados Sociedade
(...)