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Frente Comum contra “desvirtuamento” do modelo da ADSE

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública manifestou a sua preocupação em relação ao futuro da ADSE e rejeita um sistema que sirva para “beneficiar os privados”.
Foto de Paulete Matos

Aquela estrutura sindical denuncia a operação que está a ser levada a cabo para "transformar" a Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE), sistema de saúde dos trabalhadores e aposentados da administração pública e por estes financiado, que já acumulou um excedente de mais de 200 milhões de euros de receita por via do aumento de 133% das suas contribuições (operada pelo Governo anterior), de 1,5% para 3,5%.

"Aumentos a que o governo anterior sujeitou os trabalhadores e contra os quais a Frente Comum sempre se bateu, uma vez que "as taxas anteriormente pagas pelos contribuintes já autofinanciavam o sistema. Inadmissivelmente, aqueles excedentes foram utilizados para reduzir o défice", refere a Frente Comum.

“Uma conquista secular dos trabalhadores”

"Agora" adianta a Frente Comum, "o ministro da Saúde, através do Despacho n.º 3177-A/2016, criou uma Comissão, apenas constituída por ditos peritos, representantes de grandes interesses privados da saúde, que deixa os trabalhadores e os seus sindicatos de fora". E acrescenta: "O objectivo é alterar o modelo de Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE), sem que, ao mesmo tempo, haja qualquer clareza das verdadeiras intenções com as mudanças que venham, eventualmente, a ser realizadas".

Neste sentido, a estrutura sindical solicitou, com a "máxima urgência", reuniões ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Saúde, bem como a todos os grupos parlamentares para discussão desta matéria e ainda o recente alargamento de beneficiários da ADSE e o aumento de clínicas e hospitais privados que vão beneficiar de 80 milhões de euros resultantes das contribuições dos trabalhadores e dos aposentados da Administração Pública.

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