You are here
Freddy Gil lutou pelos direitos dos trabalhadores dos Call Centers, a Randstad despediu-o
O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center denuncia a “perseguição sindical” a que está sujeito o delegado sindical Freddy Gil, alvo de um processo de despedimento. Esta quinta-feira, realizou-se uma concentração para demonstrar solidariedade para com este trabalhador.
Freddy Fernández Gil é um imigrante venezuelano que trabalha há seis anos em Braga numa empresa gerida pela multinacional norte-americana Concentrix. Esta presta serviço à Apple e Gil está contratado através da Randstad, uma multinacional holandesa especializada em trabalho temporário.
Este trabalhador tem sido o delegado sindical do STCC na empresa. Nesta condição, informa a estrutura sindical, “tem denunciado diversos problemas daquele local de trabalho, desde casos de assédio moral a despedimentos ilícitos, passando por uma tentativa de despedimento coletivo de centenas de trabalhadores para os contratar no dia seguinte com menos direitos” e “é tido pelos seus pares como exemplar não apenas no desempenho das suas tarefas profissionais, mas igualmente como colega”.
A tentativa de o afastar da empresa começou com a sua colocação “por meses em casa sem funções atribuídas”. A seguir foi despedido por caducidade superveniente só que o despedimento foi considerado ilícito em tribunal em outubro passado. A empresa foi obrigada a reintegrá-lo mas passados cinco meses não o fez. Pior, foi colocado num processo de despedimento coletivo que o sindicato diz “que mais não é que uma perseguição sindical (mal) disfarçada por parte da Randstad, que é reincidente neste tipo de postura”.
Contra esta situação foi organizada assim uma concentração de solidariedade em frente a sede da Randstad em Lisboa esta quinta-feira de forma a demonstrar “repúdio contra o despedimento e solidariedade” para com Freddy.
“Ninguém larga a mão de ninguém”
O deputado bloquista José Soeiro marcou presença nesta ocasião, destacando que é “um ativista muito reconhecido nomeadamente pelo papel junto da comunidade imigrante que existe na empresa” e que foi “perseguido por ser sindicalista num setor habituado à exploração”.
Soeiro quis manifestar “toda a solidariedade com o Freddy e com o seu exemplo de luta”, acrescentando nas suas redes sociais: “ninguém larga a mão de ninguém”.
Add new comment