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França sai à rua contra reforma da lei laboral

A lei proposta pela ministra Myriam El Khomri quer acabar com as 35 horas no privado e facilitar ainda mais os despedimentos. Sindicatos e organizações estudantis falam de meio milhão de manifestantes em todo o país.
Foto SylvainMouillard/Twitter

A maior manifestação do dia aconteceu em Paris, com a CGT a contabilizar cem mil pessoas, bem acima dos 29 mil indicados pela polícia. Os sindicatos e organizações estudantis falam de 400 a 500 mil participantes nas 140 manifestações que marcaram o dia em França, enquanto a polícia fala em 224 mil. Mais de uma centena de escolas foram encerradas pelos estudantes em todo o país. Foi assim o primeiro embate da rua contra a proposta do governo que a muitos fez lembrar as manifestações de 2006.

Os protestos contra a reforma da lei laboral, conhecida como lei El Khomri, juntaram estudantes e trabalhadores nas ruas contra a flexibilização do trabalho e ao que chamam uma lei feita pelo governo socialista à medida dos interesses dos patrões. Sindicatos e associações estudantis prometem endurecer a luta nas próximas semanas, se o governo não recuar no texto final que levará ao parlamento.

A proposta do governo socialista liderado por Manuel Valls merece oposição de muitas figuras do próprio PS, como Martine Aubry, a antiga ministra que introduziu a lei das 35 horas. "Não é apenas o falhanço do quinquénio que se perspetiva, mas um enfraquecimento duradouro da França, e também, evidentemente, da esquerda", diz a atual edil de Lille num artigo assinado com outras personalidades no Le Monde.

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