You are here

França: Lesados do BES manifestam-se no dia 25

Os emigrantes lesados do BES decidiram marcar uma ação de protesto para 25 de fevereiro em frente à sede do banco, em Paris, devido à demora na resolução do seu problema.
Os emigrantes lesados do BES voltam a manifestar-se para exigir a solução do seu problema. Foto Manuel Almeida/ Lusa

Carlos Costa, membro do grupo Emigrantes Lesados Unidos afirmou que a decisão de ir para a rua fica a dever-se ao facto de o caso estar “muito parado, relativamente aos tribunais e às negociações.”

“A malta está farta disto e resolveu ir para a rua novamente. Não se vê a luz ao fundo do túnel”, sublinhou o emigrante.

“Decidimos ir para a rua porque estamos completamente esquecidos. Ninguém fala de nós. As negociações estão paradas, isto está tudo parado”, declarou Carlos Costa, tendo acrescentado “ que pretendem repetir o protesto “em frente a instituições portuguesas em Paris” nos últimos sábados de cada mês “até às férias” do verão.

O membro do grupo Emigrantes Lesados Unidos lembrou que se vai “entrar no terceiro ano” desde a queda do BES e “o problema está na mesma”.

Emigrantes exigem solução rápida

A manifestação- que terá lugar a partir das 10.30 h em frente à sede do banco na Avenida Georges Mandel - não é organizada pela Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMELP) que “ainda acredita nas negociações”, disse à Lusa a vice-presidente da associação, Helena Batista.

“A AMELP ainda acredita nas reuniões e nos contactos com as entidades envolvidas e o Governo e – embora apoie todas as manifestações e iniciativas que sejam ordeiras e legalmente convocadas para que os lesados possam reaver o mais rápido possível as suas poupanças – decidiu não organizar esta manifestação porque o objetivo da AMELP é encontrar uma solução extrajudicial o mais rápido possível”, declarou Helena Batista.

Para Carlos Costa “a AMELP está a trabalhar”, o que não é impeditivo que alguns dos seus associados tenham resolvido “ir para a rua porque o caso está completamente parado” e também porque “o primeiro-ministro e o Presidente da República estiveram em Paris e em Champigny [nas comemorações do dia de Portugal no ano passado] e prometeram resolver o problema dos emigrantes e o caso está na mesma”.

Note-se que em janeiro deste ano, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) chamou o Novo Banco a participar numa mediação extrajudicial com a AMELP com o objetivo de encontrar um mecanismo para compensar os cerca de 2.200 emigrantes que perderam dinheiro com a queda do BES e que se recusaram a aceitar a solução comercial proposta pelo Novo Banco em 2015.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Sociedade
(...)