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"Foi a França Insubmissa que deu o maior contributo para vitória de Macron"
Em declarações à agência Lusa, a eurodeputada do Bloco de Esquerda diz que o resultado da segunda volta das presidenciais francesas vieram “desfazer os mitos criados em torno da posição do movimento França Insubmissa”, que apelou a bater a extrema-direita nas urnas sem dar indicação direta de voto em Macron.
“A candidatura que mais votos, em termos reais, transferiu e permitiu a vitória de Emmanuel Macron foi a candidatura da França Insubmissa”, afirmou Marisa Matias, apoiada nos estudos divulgados na noite eleitoral sobre a transferência de voto para os dois candidatos. Segundo esses números, mais de metade do eleitorado que votou Mélenchon em abril, votou Macron este domingo.
"Em termos percentuais há uma maior transferência dos votos de Benoît Hamon para Macron, mas em termos de votos reais há um peso muito maior" dos eleitores de Jean-Luc Mélenchon, que obteve o triplo da votação do socialista.
Por outro lado, prosseguiu a eurodeputada, esses estudos mostram que “a transferência de votos para Marine Le Pen veio, como seria de esperar, da direita e não da esquerda". Os números indicam que menos de metade dos eleitores do candidato republicano François Fillon votou Macron na segunda volta.
Marisa Matias defendeu ainda que "deveria ter havido uma maior clareza, para que não houvesse equívocos sobre a posição de Jean-Luc Mélenchon face à extrema-direita, de que é um dos maiores combatentes". E repetiu o que já tinha dito durante a campanha desta segunda volta das presidenciais: "Se estivesse em França teria declarado o voto em Emmanuel Macron, a contragosto, mas tê-lo-ia feito porque não podemos permitir a naturalização da extrema-direita como uma alternativa democrática, porque não o é, é a antítese da democracia", salientou.
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Voto Útil movido pelos Patrões do CAC 40
Marisa Matias ao dizer "...porque não podemos permitir a naturalização da extrema-direita como uma alternativa democrática, porque não o é, é a antítese da democracia", se me permite, relembro-lhe que os Franceses caíram na armadilha “do voto útil”, movido pelos Patrões do CAC 40 e pelos seus servos, os meios de comunicação social e vários líderes políticos que incitaram votar maciçamente por Emmanuel Macron, o aprendiz-ditador, a fim de fazer “barragem” “ao populismo” representado por KriegsMarine Pen.
O Voto Maciço beneficia Macron, pois este sente-se mais forte para impôr as reformas por todos os meios e amordaçar o Parlamento e ouso esperar que as legislativas permita ao Parlamento obter uma oposição a Macron por maioria suficientemente sólida.
Os factos reais comprovam que Macron é apenas um instrumento, para transformar a instituição presidencial no instrumento dos grandes interesses financeiros das empresas do famoso CAC 40, já poderosamente influentes.
Assim, as medidas neoliberais perversas, ditadas pelo CAC 40 ao jovem presidente, farão apenas reforçar “o populismo” e, a próxima eleição vincará uma maioria absoluta para Marine Le Pen.
Relembro que o neoliberalismo é o economismo total que golpeia cada esfera das nossas sociedades a cada momento da nossa época, por conseguinte é um extremismo. Enquanto o fascismo se define como a subjugação de todas as componentes do Estado a uma ideologia totalitária e niilista.
Portanto, o neoliberalismo é um fascismo porque a economia acorrentou os governos dos países democráticos, como também a cada parcela da nossa reflexão.
Hoje, o Estado está agora ao serviço da economia e da finança, perversas, e trata o Estado como seu subordinado e o conduz até à perda do bem comum.
A austeridade imposta pelos meios financeiros tornou-se num valor superior que substitui a política. Fazer economias evita a continuação de qualquer outro objectivo público e o princípio da ortodoxia orçamental pretende inscrever-se na Constituição dos Estados, por conseguinte, a noção de serviço público é ridicularizada.
O niilismo que se deduz, permitiu destituir o universalismo e os valores humanistas mais evidentes: solidariedade, fraternidade, integração e respeito de todos e das diferenças.
Se reflectir, a teoria económica clássica não encontra mais a sua esfera pois o trabalho de outrora era um elemento da demanda e os trabalhadores eram respeitados nesta medida, e Hoje, assiste-se ao ajustamento que a finança internacional fez em prol de seus interesses perversos e assassinos para qualquer Estado de Direito e Democrático.
Não se pode negar esta tendência em exponencial, os ditos “políticos” praticam o autoritarismo, em detrimento das instituições democráticas.
Um lembrete do Aprendiz-Ditador, Macron, que exprimiu a sua sabedoria em pequenas frases:
1) “É necessário jovens que tenham desejo se tornarem em milionários” eu traduzo como: é necessário prostitutos bem pagos
2) “Estou-me nas tintas para os programas, o que conta é a visão” eu traduzo como: o que conta é possuir uma visão perfeita das cimeiras.
NEOLIBERALISMO, a máfia que o erigiu no sistema global para fazer um instrumento de dominação mundial com finalidade fascista pôs a França nestas eleições a um xeque-mate e fosse o resultado que fosse, abre um fosso extremamente explosivo na Europa e 2017 entrará na História.
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